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Líderes democratas acusam Trump de ser mais fiel a Putin

"O presidente precisa lembrar que seu dever é proteger o povo americano de ameaças estrangeiras e não vender a nossa democracia a Putin"

Em Bruxelas, Trump afirmou que a Alemanha está sendo "totalmente controlada" pela Rússia (Leah Millis/Reuters)

Em Bruxelas, Trump afirmou que a Alemanha está sendo "totalmente controlada" pela Rússia (Leah Millis/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de julho de 2018 às 13h29.

Última atualização em 11 de julho de 2018 às 13h30.

Washington- Os líderes democratas do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi e Chuck Schumer, acusaram nesta quarta-feira o presidente americano, Donald Trump, de ser mais fiel a seu homólogo russo, Vladimir Putin, do que aos aliados da Otan, à luz das suas recentes declarações sobre a Alemanha.

"Os insultos descarados e a difamação de um dos aliados mais firmes dos EUA, a Alemanha, são uma vergonha. Seu comportamento (o de Trump) esta manhã é outro sinal profundamente perturbador de que o presidente é mais fiel a Putin do que aos nossos aliados da Otan", afirmaram Nancy e Schumer em uma nota.

Os dirigentes democratas reagiam assim aos comentários que Trump fez hoje em Bruxelas, onde afirmou que a Alemanha está sendo "totalmente controlada" pela Rússia porque recebe energia desse país e, em particular, pelo projeto de gasoduto Nord Stream II, que conectará diretamente ambos os Estados.

"A Alemanha está totalmente controlada pela Rússia", disse o presidente americano ao início de uma reunião bilateral com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, prévia à cúpula de chefes de Estado e de Governo da Aliança realizada entre hoje e amanhã em Bruxelas.

Nancy e Schumer, líderes dos democratas na Câmara dos Representantes e no Senado dos EUA, respectivamente, consideraram que se Trump sair do encontro que terá com Putin na próxima segunda-feira, em Helsinque, sem "garantias blindadas e medidas concretas" para a cessação total "dos ataques russos" à democracia americana, a reunião será um fracasso.

"O presidente precisa lembrar que, como líder, seu dever é proteger ao povo americano de ameaças estrangeiras e não vender a nossa democracia a Putin", indicaram os líderes democratas.

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