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Líder sul-coreana deposta promete cooperar com inquérito

Park Geun-hye, de 65 anos, tornou-se a primeira presidente sul-coreana eleita democraticamente a ser retirada do cargo

Pessoas assistem às declarações de Park Geun-hye, ex-presidente da Coreia do Sul (Foto/Reuters)

Pessoas assistem às declarações de Park Geun-hye, ex-presidente da Coreia do Sul (Foto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de março de 2017 às 09h44.

Última atualização em 21 de março de 2017 às 09h45.

Seul - Afastada por um impeachment, a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, pediu desculpas à nação nesta terça-feira ao chegar à sede da procuradoria para depor como suspeita de um escândalo de corrupção que atormenta o país há meses.

Park, de 65 anos, tornou-se a primeira presidente sul-coreana eleita democraticamente a ser retirada do cargo quando a Corte Constitucional corroborou neste mês o impeachment decidido pelo Parlamento em dezembro.

Ela foi acusada de se mancomunar com uma amiga, Choi Soon-sil, para pressionar grandes empresas a doarem para duas fundações que apoiavam suas iniciativas políticas. Park e Choi negaram qualquer má conduta.

"Peço desculpas ao povo. Vou cooperar fielmente com o interrogatório", disse Park diante da mídia nos degraus do edifício da Procuradoria, seus primeiros comentários dirigidos ao público desde que foi afastada.

Park não foi acusada, mas pode passar mais de 10 anos na prisão se for condenada por receber propinas de chefes de grandes conglomerados, entre eles o chefe do grupo Samsung, Jay Y. Lee, em troca de favores.

Depois de cerca de cinco horas de interrogatório, uma autoridade da Procuradoria disse aos repórteres que Park foi cooperativa, mas não quis detalhar o que lhe foi perguntado, suas respostas ou que acusações ela pode ter que enfrentar.

O destino da ex-presidente e a investigação crescente sobre corrupção tomaram conta do país em um momento de escalada nas tensões com a Coreia do Norte e a China.

Empunhando bandeiras, centenas de defensores de Park se reuniram do lado de fora da residência dela no bairro de classe alta de Gangnam, em Seul, quando ela partiu para depor, e mais tarde permaneceram diante da sede da Procuradoria.

O interrogatório deve prosseguir noite adentro, e um de seus advogados, Sohn Bum-kyu, disse a um canal de televisão que sua cliente decidirá se irá passar da meia-noite.

Os procuradores podem detê-la, mas o funcionário da Procuradoria, que inteirou os repórteres sob a condição de não ser identificado, disse que Park irá para casa após a sessão.

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