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Líder opositor se declara presidente interino da Venezuela

Juan Guaidó pediu apoio do povo venezuelano, dos militares e da comunidade internacional

Juan Guaidó: presidente da Assembleia Nacional da Venezuela se declarou presidente interino do país (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de janeiro de 2019 às 21h00.

Última atualização em 12 de janeiro de 2019 às 10h26.

São Paulo - Em um pronunciamento em Caracas transmitido pelo Twitter, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela , Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país nesta sexta-feira.

"Ninguém tem dúvidas de que Maduro é um usurpador. Por isso, assumo minha responsabilidade com o povo da Venezuela, me dirijo a vocês para plantar a rota da AN pela liberdade (#ANRutaPorLaLibertad)", escreveu.

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Guaidó disse estar se respaldando nos artigos 233, 333 e 350 da Constituição para "convocar eleições livres" em 23 de janeiro e pediu apoio do povo venezuelano, dos militares e da comunidade internacional.

"A Constituição me dá legitimidade para exercer o cargo da Presidência da República, para convocar eleições, mas preciso do apoio dos cidadãos para tornar isso uma realidade", disse o deputado a algumas centenas de pessoas que se concentraram no leste de Caracas para denunciar a "ilegitimidade" de Nicolás Maduro.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, apoiou nesta sexta-feira a decisão do deputado opositor. Guaidó é presidente da Assembleia Nacional, eleita em 2016,controlada pela oposição e não reconhecida pelo chavismo.

"Celebramos a posse de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, conforme o artigo 233 da Constituição. Tem o nosso apoio, o da comunidade internacional e do povo da Venezuela", disse Almagro em uma postagem no Twitter, em que reproduzia o post da Assembleia Nacional venezuelana.

As duas manifestações provocaram uma nova crise no país e despertaram o temor de que o presidente eleito, Nicolás Maduro, cumpra sua promessa de dissolver o Parlamento.

No dia em que foi empossado, o líder chavista ameaçou dissolver a Assembleia Nacional caso ela promova "um golpe de Estado". Segundo ele, a Assembleia Nacional Constituinte (ANC) "atuará contra a Assembleia Nacional se eles tentarem um golpe de estado".

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