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Líder opositor russo é detido em Moscou

Segundo autoridades russas, o opositor é investigado por organizar "distúrbios em massa" no país

O líder opositor russo Leonid Razvozjaev: ele afirma ter sido torturado e sequestrado na Ucrânia, onde estava para solicitar asilo político (Aleksandr Vaynshtein/AFP)
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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2012 às 08h39.

Moscou - As autoridades russas anunciaram nesta segunda-feira a detenção em Moscou de Leonid Razvozjaev, um ferrenho opositor ao regime do presidente Vladimir Putin, após denúncias sobre seu sequestro na sexta-feira passada, na Ucrânia, onde estaria para solicitar asilo político.

Leonid Razvozjaev, membro da Frente de Esquerda, um dos movimentos mais ativos nos protestos contra o presidente Putin, "está sob detenção provisória" com base em uma investigação envolvendo a "organização de distúrbios em massa" na Rússia .

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"No dia 18 de outubro foi emitida uma ordem nacional de prisão contra Razvozjaev. No dia 21, ele se apresentou a um comitê de investigação da Rússia para admitir sua responsabilidade", revela um comunicado oficial.

Razvozjaev "deu detalhes sobre a organização (...) dos distúrbios em massa do dia 6 de maio de 2012 em Moscou", quando numerosos participantes do protesto foram detidos, destacou a mesma fonte.

A versão das autoridades contradiz totalmente a do opositor, que afirma ter sido torturado e sequestrado na Ucrânia, onde estava para solicitar asilo político.

Um vídeo publicado pelo site russo Life News ( http://lifenews.ru/news/104270 ) mostra Roazvozjaev na noite de domingo saindo do tribunal de Basmanny, em Moscou, gritando para os jornalistas: "me torturaram durante dois dias, fui sequestrado na Ucrânia".

A tese de sequestro é apoiada pela Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) em Kiev, onde Leonid Razvozjaev se dirigiu para se informar sobre o estatuto de refugiado político.

O opositor conversava com advogados e membros de uma ONG em Kiev quando fez uma pausa na reunião e não retornou mais ao local, disse à AFP uma porta-voz da ACNUR, Olexandra Makovska.

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