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Líder dos rebeldes afirma que 'Síria foi purificada' após a queda de Assad

"Esta vitória, meus irmãos, é uma conquista (..) para toda a comunidade islâmica", afirmou Abu Mohammed al Jolani

The leader of Syria's Islamist Hayat Tahrir al-Sham (HTS) group that headed a lightning rebel offensive snatching Damascus from government control, Abu Mohammed al-Jolani, address a crowd at the capital's landmark Umayyad Mosque on December 8, 2024. Jolani, now using his real name Ahmed al-Sharaa, gave a speech as the crowd chanted "Allahu akbar (God is greatest)," a video shared by the rebels on their Telegram channel showed. (Photo by Aref TAMMAWI / AFP) (AFP Photo)

The leader of Syria's Islamist Hayat Tahrir al-Sham (HTS) group that headed a lightning rebel offensive snatching Damascus from government control, Abu Mohammed al-Jolani, address a crowd at the capital's landmark Umayyad Mosque on December 8, 2024. Jolani, now using his real name Ahmed al-Sharaa, gave a speech as the crowd chanted "Allahu akbar (God is greatest)," a video shared by the rebels on their Telegram channel showed. (Photo by Aref TAMMAWI / AFP) (AFP Photo)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 8 de dezembro de 2024 às 19h35.

O líder dos rebeldes sírios, Abu Mohammed al Jolani, comemorou neste domingo (8) uma vitória "histórica" que "purificou" a Síria, em um discurso na Mesquita dos Omíadas, em Damasco, após os insurgentes derrubarem Bashar al Assad em uma ofensiva relâmpago.

Ao entrar na emblemática mesquita localizada na cidade velha de Damasco, o líder do grupo islamista radical Hayat Tahrir al Sham (HTS) foi recebido por uma multidão que gritava "Allah Akbar" (Deus é o maior), de acordo com vídeos que circulam na mídia.

"Esta vitória, meus irmãos, é uma conquista (..) para toda a comunidade islâmica. Esta vitória, meus irmãos, é histórica para a região", declarou Jolani, que ficou conhecido pelo seu nome de guerra, mas cujo nome verdadeiro é Ahmed al Shareh.

"Hoje a Síria está purificada", acrescentou em um vídeo publicado no Telegram pelos rebeldes, que lançaram uma fulminante ofensiva a partir da província de Idlib, no noroeste do país, em 27 de novembro, que terminou com a fuga de Assad.

"Esta vitória foi possível pela graça divina, pelo sangue dos mártires (...) e pelo sofrimento daqueles que languideceram nas prisões", disse.

Sob o poder de Assad, a Síria foi "entregue à ganância iraniana", ao "sectarismo e à corrupção", afirmou, referindo-se ao apoio do Irã e do movimento libanês Hezbollah ao governo de Assad.

Bashar al Assad, no poder desde o ano 2000, foi deposto após mais de 13 anos de um sangrento conflito civil, desencadeado pela repressão feroz a manifestações pró-democracia, que causou mais de meio milhão de mortes.

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