Massacre de Peshawar: o talibã também esteve por trás da invasão a uma universidade na qual 25 pessoas morreram em janeiro (Mohsin Raza / Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2016 às 14h20.
Islamabad - O cérebro do ataque talibã ao colégio da cidade paquistanesa de Peshawar no qual 125 estudantes faleceram em dezembro de 2014 morreu em um bombardeio com drone americano em território afegão, anunciou o Exército do Paquistão nesta quarta-feira.
"O comandante da Missão Resolute Support (o general americano John W. Nicholson) confirmou ao chefe do Exército paquistanês a morte do terrorista Umar Narai em um ataque de drone no Afeganistão", informou em seu Twitter o diretor-geral do escritório de relações públicas do Exército (ISPR, em inglês), Asim Bajwa.
O porta-voz militar não precisou quando o insurgente morreu, nem o local exato em que isso aconteceu no Afeganistão, mas a imprensa paquistanesa afirma que a ação aconteceu durante o fim de semana na província de Nangarhar.
Narai, do principal grupo talibã paquistanês, o Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), foi o responsável por organizar o ataque ao colégio administrado pelo Exército em Peshawar, no qual 135 pessoas foram mortas, sendo 125 crianças, conforme confirmou à Efe uma fonte de segurança que preferiu não ter o nome revelado.
O talibã também esteve por trás da invasão a uma universidade no norte do Paquistão na qual 25 pessoas morreram em janeiro deste ano.
O ataque com avião não-tripulado contra o líder talibã aconteceu depois de o chefe do Exército paquistanês, Raheel Sharif, pediu em reunião em Islamabad, no mês passado, com uma delegação dos Estados Unidos ações contra o TTP em solo afegão.
O encontro aconteceu após a morte do líder dos talibãs afegãos, o mulá Mansur, no bombardeio de um drone americano em território paquistanês em maio, feito que melhorou as relações entre Paquistão e Estados Unidos.
Após o massacre no colégio, o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, suspendeu no final de 2014 a moratória que pesava sobre a pena de morte e foram criados tribunais especiais para casos de terrorismo.