Ele ainda teria alterado seus planos depois que a agência de inteligência russa tomou conhecimento da conspiração e optou por lançar o motim (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 28 de junho de 2023 às 12h39.
O líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigojin, planejava capturar as lideranças militares da Rússia como parte do motim do último sábado, segundo publicou nesta quarta-feira, 28, o The Wall Street Journal com base em informações de autoridades ocidentais. Ele ainda teria alterado seus planos depois que a agência de inteligência russa tomou conhecimento da conspiração e optou por lançar o motim.
De acordo com o jornal americano, Prigojin planejava a captura do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e do general do Exército, Valeri Gerasimov, chefe do Estado-Maior da Rússia, durante uma visita planejada pelos dois a uma região ao sul que faz fronteira com a Ucrânia. Porém, a FSB, o Serviço Federal de Segurança russo, teria descoberto o plano dois dias antes de sua execução.
Foi somente depois que seu plano foi descoberto que Prigojin decidiu, no último minuto, lançar sua marcha em direção a Moscou de acordo com as fontes ouvidas pelo jornal.
À mídia estatal russa, o comandante da Guarda Nacional da Rússia general Viktor Zolotov, afirmou que as autoridades russas sabiam das intenções de Prigojin. "Vazamentos específicos sobre os preparativos para uma rebelião que começaria entre 22 e 25 de junho vazaram do acampamento de Prigojin", disse na terça-feira 27.
Ainda de acordo com o WSJ, as agências de inteligência ocidentais também descobriram os planos de do líder Wagner com base em interceptações de comunicações eletrônicas e imagens de satélite. Autoridades ocidentais disseram acreditar que a trama original tinha muita chance de sucesso, mas falhou depois que a conspiração vazou, forçando Prigojin a improvisar um plano alternativo.