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Líder do golpe no Mali será apresentado perante a justiça

General líder do golpe militar de março de 2012 no Mali foi conduzido ao quartel-general da gendarmaria antes de ser apresentado perante a justiça


	Soldados do Mali: junto a Sanogo, outros 16 militares foram convocados pela justiça e três foram detidos
 (REUTERS/Joe Penney)

Soldados do Mali: junto a Sanogo, outros 16 militares foram convocados pela justiça e três foram detidos (REUTERS/Joe Penney)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 10h08.

Bamaco - O general Amado Haya Sanogo, líder do golpe militar de março de 2012 no Mali, foi conduzido nesta quarta-feira ao quartel-general da gendarmaria antes de ser apresentado perante a justiça, informou à Agência Efe uma fonte de segurança.

Um grupo de gendarmes apoiados por militares se encarregaram de transferir Sanogo, que não se apresentou em 19 de novembro à convocação do juiz Yaya Karambé para tomar declarações sobre o desaparecimento de pelo menos 20 soldados.

Segundo a fonte, os gendarmes se deslocaram até a casa de Sanogo, em Bamaco, desde onde o conduziram às dependências da gendarmaria, dependente do Ministério da Defesa.

O juiz Karambé investiga o fracassado contragolpe de Estado de 30 de abril de 2012 protagonizado pelo corpo de paraquedistas ou "boinas vermelhas" fiéis a Amadu Tumani Touré, o presidente derrubado por Sanogo.

Também são investigados os enfrentamentos posteriores entre os "boinas vermelhas" e os "boinas verdes", fiéis a Sanogo.

Após o fracassado levante, foram denunciadas desaparições e torturas pelos familiares das vítimas.

Junto a Sanogo, outros 16 militares foram convocados pela justiça e três foram detidos.

Imediatamente depois do golpe de estado de março e 2012, a comunidade internacional e especialmente a Comunidade Econômica de Estados de África Ocidental (Cedeao) reagiram energicamente contra os golpistas e impuseram sanções econômicas, diplomáticas e financeiras.

Esta pressão, unida à mediação liderada por Burkina Fasso, também membro da Cedeao, empurrou os militares a aceitar em 6 de abril de 2012 um acordo para favorecer o retorno da ordem constitucional em troca de uma anistia que foi aprovada pouco depois pelo Parlamento transitório.

Após o começo da transição política, que terminou em agosto com a eleição de um novo presidente, Ibrahim Boubacar Keita, Sanogo foi designado à cabeça de um comitê para a reforma das Forças Armadas, posto do que, no entanto, seria cassado no final de agosto.

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