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Líder da oposição russa denuncia que está proibido de sair do país

Alexei Navalny afirmou que a segurança da fronteira afirma que ele está proibido de deixar o país e que a carta de proibição não apresenta o motivo

Navalny: o opositor afirmou que o Kremlin, por questões "simbólicas", não quer que ele esteja presente na leitura da sentença (Maxim Shemetov/Reuters)
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EFE

Publicado em 13 de novembro de 2018 às 10h48.

Moscou - O líder opositor russo Alexei Navalny denunciou nesta terça-feira que as autoridades o proibiram de sair da Rússia , por isso não poderá comparecer à leitura da sentença do Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) sobre o seu caso, prevista para a próxima quinta-feira em Estrasburgo.

"Os guardas da fronteira me dizem que estou proibido de deixar o país. Há uma carta que me proíbe, mas não explica o motivo", escreveu Navalny no Twitter.

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Em seu site, o opositor detalha que estava pronto para voar hoje a Frankfurt, "a cidade mais cômoda" para chegar a Estrasburgo, onde na quinta-feira será emitida a sentença do TEDH sobre o processo de Navalny contra a Rússia.

A ação diz respeito às sete detenções e sanções administrativas do opositor entre 2012 e 2014, que o político vê como uma "violação dos seus direitos" e uma perseguição "politicamente motivada".

Segundo Navalny, o Kremlin, por questões "simbólicas" e "de princípios", não quer que ele esteja presente na leitura da sentença. Ele afirma que não entende por que as autoridades russas dão tanta importância a esta viagem, já que a decisão do tribunal será emitida mesmo sem a sua presença em Estrasburgo.

O processo de Navalny contra a Rússia já foi julgado pelo TDEH no ano passado. O órgão concluiu que a Rússia tinha vulnerado os direitos à liberdade de reunião, à liberdade e à segurança, e a um julgamento justo.

A Rússia também foi condenada a indenizar Navalny em 1.025 euros por danos materiais, 50 mil euros por danos morais e 12.653 euros por despesas judiciais.

O opositor também tinha alegado uma motivação política por trás das detenções ocorridas entre 2012 e 2014, que o tribunal de Estrasburgo desprezou. Por isso, pediu uma revisão da alegação quanto ao direito a um julgamento justo e à proibição de discriminação.

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