Militante patrulha a entrada da sede da milícia Fevereiro 17 depois que forças irregulares líbias entraram em confronto, em Benghazi, no leste da Líbia (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2014 às 18h53.
Trípoli - Autoridades líbias propuseram nesta terça-feira uma eleição nacional em junho, enquanto o governo tenta resolver um impasse no Parlamento envolvendo poderosas brigadas de ex-combatentes rebeldes.
O Congresso Geral Nacional da Líbia está no centro da crise desde que atiradores que juraram lealdade a um ex-general renegado atacaram o Parlamento com canhões antiaéreos no domingo e exigiram a sua suspensão.
O Parlamento, dividido entre forças islâmicas e anti-islâmicas, havia dito em fevereiro que anteciparia as eleições, pressionado pela caótica transição democrática na Líbia após a revolta de 2011 que depôs Muammar Gaddafi.
A proposta de votação de 25 de junho pareceu uma tentativa de aliviar as tensões depois dos ataques de domingo, cuja autoria foi assumida por forças leais ao ex-general Khalifa Haftar, e para evitar a potencial reação de milícias islâmicas rivais.
“A comissão ainda não anunciou oficialmente o dia 25 de junho como a data das eleições para a Câmara dos Deputados. Mas é só uma das propostas para realizar eleições”, disse Abdulhakeem Al-Shaab, membro da comissão eleitoral, à Reuters. Mais cedo, um canal local de TV afirmou que a comissão eleitoral disse que a data de junho está decidida.
Três anos após o fim da autocracia de Gaddafi, a Líbia continua mergulhada no caos com um governo frágil, um Parlamento dividido e um Exército novo incapaz de controlar grupos rivais de ex-rebeldes, que com frequência desafiam o Estado.