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Libertado deputado opositor venezuelano antes de visita de Bachelet

Gilbert Caro, de 45 anos, foi detido em Caracas sem motivo alegado oficialmente; Bachelet visita o país para constatar a situação dos direitos humanos

Gilbert Caro: o deputado opositor venezuelano estava preso desde o dia 26 de abril (REUTERS TV/ via REUTERS/File Photo/Reuters)

Gilbert Caro: o deputado opositor venezuelano estava preso desde o dia 26 de abril (REUTERS TV/ via REUTERS/File Photo/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de junho de 2019 às 08h17.

Última atualização em 18 de junho de 2019 às 08h20.

O deputado opositor Gilber Caro, detido em 26 de abril passado, foi libertado nesta segunda-feira, informou o Parlamento, às vésperas da visita à Venezuela da Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet.

"O deputado Gilber Caro nunca deveria ter sido preso. Hoje sai das grades, mas assim como todos os venezuelanos ainda não tem liberdade", destacou no Twitter na Assembleia Nacional, de maioria opositora.

Partidário do líder do Legislativo, Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela e reconhecido no cargo por mais de 50 países, Caro foi recebido por um grupo de legisladores pró-governo e da oposição à saída da prisão. Esses dirigentes integram o Grupo de Boston, criado em 2002 e integrado por legisladores venezuelanos e americanos. Caro, de 45 anos, foi detido em Caracas sem motivo alegado oficialmente

Um vídeo publicado na conta do Twitter deste grupo mostra o legislador se encontrando com o colega opositor Manuel Texeira, o ex-congressista Pedro Díaz Blum e os chavistas Gerardo Márquez e Francisco Torrealba, membros da Assembleia Constituinte. "A porta giratória dos nossos presos políticos só de deterá com a democracia", escreveu Guaidó no Twitter.

A libertação do deputado ocorre às vésperas da visita de Bachelet, que chega à Venezuela na quarta-feira, para constatar a situação dos direitos humanos neste país mergulhado numa grave crise política e sócio-econômica.

Esta não é a primeira vez que é preso. Entre janeiro de 2017 e junho de 2018, esteve detido acusado de traição à pátria e roubo de armas da Força Armada, mas não chegou ser condenado.

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