Grupo de resgate que saiu do Brasil para encontrar 5 reféns liberados pelas Farc, na Colômbia (Raul Arboleda/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 21h32.
Bogotá - O processo para libertar dois reféns sequestrados pelas Farc foi suspenso na segunda-feira, depois que o governo colombiano anunciou que somente autorizará a retomada da operação quando tiver certeza que a guerrilha fará as entregas.
A operação para liberar um policial e um suboficial do Exército fracassou no domingo devido a um aparente erro na entrega de coordenadas por parte da guerrilha numa zona montanhosa no sudoeste do país.
A missão humanitária liderada pela ex-senadora Piedad Córdoba não pôde receber das mãos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) o major Guillermo Solórzano nem o suboficial Salín Antonio Sanmiguel, o que provocou desconforto no governo.
Piedad e os demais integrantes da missão apenas puderam receber no domingo o policial Carlos Alberto Ocampo, sequestrado no fim de dezembro de 2010.
Apesar da solicitação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para que a Colômbia permita avançar no processo e receber os reféns, o presidente do país, Juan Manuel Santos, advertiu que seu governo só autorizará quando tiver a segurança de que as entregas vão acontecer.
"Neste exato momento estamos avaliando a situação para a continuação do processo de libertações. Estamos, inclusive, considerando a possibilidade de fazer por terra", disse Santos num evento do governo.
"Mas não queremos improvisar e tomaremos uma decisão quando estivermos seguros, apenas quando estivermos seguros, de que a libertação poderá ocorrer sem nenhuma dificuldade, sem nenhum problema", afirmou.
Na manhã de segunda-feira, o chefe da missão do CICV na Colômbia, Christophe Beney, disse que a operação seria cumprida até terça-feira, mas horas depois corrigiu sua declaração e afirmou que estava buscando uma autorização do governo para isso.