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Liberdade de imprensa vive horas tristes na Venezuela

Sociedade Interamericana de Imprensa afirmou estar indignada com o recente anúncio do presidente Nicolás Maduro sobre a criação de dois jornais governamentais

Nicolás Maduro cria dois jornais governamentais, em um momento em que o jorna deixarão de serem publicados por falta de papel (Leo Ramirez/AFP)

Nicolás Maduro cria dois jornais governamentais, em um momento em que o jorna deixarão de serem publicados por falta de papel (Leo Ramirez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 16h29.

Miami - A liberdade de imprensa na Venezuela vive suas horas mais tristes, já que o governo anuncia novos meios de comunicação para seu "aparato de propaganda" em detrimento das empresas jornalísticas, assegurou nesta quarta-feira a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).

A SIP afirmou estar indignada com o recente anúncio do presidente Nicolás Maduro sobre a criação de dois jornais governamentais, em um momento em que o jornal regional El Impulso de Barquisimeto anunciou que deixará de ser publicado por falta de papel.

"Fica demonstrada, uma vez mais, a 'bipolaridade' do governo venezuelano em termos de liberdade de imprensa, que, por um lado, anuncia com desfaçatez a criação de novos meios de comunicação oficiais e, por outro, mantém uma política sistemática e opressiva em termos econômicos e legais, com a intenção de continuar fechando meios de imprensa privados e independentes", afirmou o encarregado de liberdade de expressão da SIP, o uruguaio Claudio Paolillo.

"É uma vergonha ver como, em uma das horas mais tristes para a liberdade de imprensa na Venezuela, os governos do continente se mostram indiferentes", acrescentou Paolillo.

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