Mundo

Líbano registra festas nas ruas e grande movimento de carros após cessar-fogo

Civis estão voltando a locais antes evacuados na capital Beirute

: Cidadãos retornam às suas casas com veículos após o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Líbano entrar em vigor na região de Dahieh, em Beirute, Líbano, em 27 de novembro de 2024 (Houssam Shbaro/Anadolu /Getty Images)

: Cidadãos retornam às suas casas com veículos após o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Líbano entrar em vigor na região de Dahieh, em Beirute, Líbano, em 27 de novembro de 2024 (Houssam Shbaro/Anadolu /Getty Images)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 27 de novembro de 2024 às 08h26.

Última atualização em 27 de novembro de 2024 às 08h36.

Grupos de pessoas saíram nesta quarta-feira às ruas do Líbano para celebrar a entrada em vigor do cessar-fogo com Israel, enquanto a televisão local mostra caravanas de carros regressando a algumas áreas que abandonaram nos últimos dois meses devido aos bombardeios lançados por Israel.

A agência de notícias libanesa “ANN” informou que “os comboios de pessoas deslocadas começaram a regressar a Nabatiye (sul do Líbano) às 4h (horário local, 23h de terça-feira em Brasília)”, quando o cessar-fogo entrou em vigor.

“As estradas que vão de Sidon a Zahrani e depois até Nabatiye estavam cheias de carros, ostentando bandeiras libanesas e bandeiras da resistência”, relatou a agência, em uma referência ao grupo xiita libanês Hezbollah.

O destino era não só Nabatiye, completamente destruída após ter sido alvo da incessante campanha de bombardeios israelenses iniciada em 23 de setembro, mas também o Vale do Bekaa, no leste do Líbano, e o sul do país, outras duas zonas atingidas pela ofensiva.

Além disso, segundo mostram imagens registradas pelas emissoras de televisão locais, algumas pessoas já circulam pelos subúrbios ao sul de Beirute, conhecidos como Dahye, e celebram esta trégua.

Pouco antes do cessar-fogo entrar em vigor, Israel intensificou os seus bombardeios contra esta área localizada seis quilômetros ao sul de Beirute, bem como atacou outros pontos da própria capital libanesa.

Nesse sentido, o Exército libanês fez um apelo aos cidadãos para que esperem para regressar às áreas ocupadas por Israel no âmbito da sua invasão que começou em 1º de outubro no sul do país e que tomem precauções caso regressem a outras áreas do país das quais fugiram.

O início do cessar-fogo de 60 dias entre Israel e o Hezbollah no Líbano, um acordo no qual os Estados Unidos e a França atuarão como fiadores, consiste em três etapas.

Em primeiro lugar, uma trégua inicial, seguida pela retirada das forças do grupo xiita libanês ao norte do rio Litani; a retirada completa das tropas israelenses do sul do Líbano no prazo de 60 dias; e, por fim, negociações entre os dois países para delimitar sua fronteira, que corresponde atualmente a uma linha traçada pela ONU após a guerra de 2006.

Pouco depois de o acordo ter entrado em vigor, o Exército israelense avisou que, por enquanto, manteria seu destacamento militar no sul do Líbano.

Desde o início das hostilidades entre Israel e o Hezbollah em 8 de outubro de 2023, um dia depois do início da guerra na Faixa de Gaza após o ataque do grupo islâmico palestino Hamas contra Israel, mais de 3.800 pessoas foram mortas e mais de 15.800 ficaram feridas em ataques israelenses no Líbano.

A grande maioria das mortes, cerca de 3.100, ocorreu desde o início da campanha massiva de bombardeios de Israel, em 23 de setembro, que afetou principalmente comunidades no sul e no leste do Líbano, bem como os subúrbios do sul de Beirute.

A violência obrigou mais de 1,2 milhão de pessoas a abandonarem suas casas, mais de metade das quais atravessaram a fronteira para a Síria, segundo dados do governo libanês.

Por outro lado, a troca de hostilidades dos últimos 14 meses matou 78 pessoas no norte de Israel – 47 civis – e manteve cerca de 60 mil delas deslocadas de seus lares.

Acompanhe tudo sobre:Oriente MédioConflito árabe-israelenseIsraelHezbollahLíbano

Mais de Mundo

Vários soldados norte-coreanos feridos e capturados morreram na Ucrânia, afirma Zelensky

'Fomos atingidos três vezes', diz comissário que sobreviveu à queda de avião no Cazaquistão

Montenegro extraditará aos EUA magnata sul-coreano das criptomoedas

Mais de 30 mil sírios estabelecidos na Turquia retornam ao país após queda de Assad