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Líbano está perto de catástrofe sanitária por crise do lixo

O ministro de Saúde do país disse que o governo deve tomar medidas imediatas, pois o lixo está empilhado perto de restaurantes, hospitais, creches e colégios


	Vista de cidade no Líbano: a crise dos resíduos começou após o fechamento do despejo de Naame e o fim do contrato com a sociedade Sukleen, encarregada de recolher o lixo
 (Getty Images)

Vista de cidade no Líbano: a crise dos resíduos começou após o fechamento do despejo de Naame e o fim do contrato com a sociedade Sukleen, encarregada de recolher o lixo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2015 às 09h32.

Beirute - O ministro de Saúde do Líbano, Wael Abu Faur, advertiu nesta segunda-feira que o país está próximo de "uma catástrofe sanitária" e que o ar, os alimentos, a água e a saúde dos libaneses estão em risco por causa da atual crise do lixo.

"O governo deve tomar medidas imediatas. O lixo está empilhado perto de restaurantes, hospitais, creches e colégios, o que me obriga a dizer que estamos à beira de uma grande catástrofe sanitária", disse o ministro em entrevista coletiva.

Ele afirmou que o ministério emitirá recomendações e ordens, e aumentará os controles nas empresas alimentares e em hospitais para "diminuir o perigo".

A crise dos resíduos começou após o fechamento do despejo de Naame, em 17 de julho, e o fim do contrato com a sociedade Sukleen, encarregada de recolher o lixo.

Isto afeta sobretudo as regiões de Beirute e Monte Líbano, no centro do país, e até agora o governo fracassou em encontrar soluções alternativas devido as divergências entre as forças políticas.

"Estamos em um beco sem saída. Os responsáveis devem de deixar de lado seus cálculos políticos", acrescentou Abu Faur, que anunciou que tentará alcançar acordos com os municípios para a gestão da crise.

O ministro insistiu que os cidadãos não são responsáveis, mas sim o governo, e propôs formar um comitê de crise com as pastas de Saúde, Meio Ambiente, Economia, Indústria, Interior e Agricultura.

O parlamento e o governo estão paralisados pelas desavenças entre os grupos políticos, que impediram a escolha de um novo presidente, posto vago desde 25 de maio de 2014.

Em 30 de julho, o primeiro-ministro libanês, Tamam Salam, voltou a levantar a possibilidade de renunciar se a paralisia do Executivo não for desbloqueada e a crise do lixo resolvida.

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