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Lewandowski quer desmembramento de processo de Cachoeira

O ministro do STF também aceitou o pedido de desmembramento do processo em relação ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz

No entanto, Lewandowski negou o pedido de inclusão do irmão de Demóstenes Torres, procurador-geral de Justiça de Goiás, Bendito Torres, no inquérito contra o senador (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 22h08.

Brasília – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, determinou hoje (24) o desmembramento do processo sobre o envolvimento de parlamentares com o empresário goiano, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar esquema de jogos ilegais.

Três inquéritos foram abertos a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os deputados federais Carlos Leréia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ) para investigar suposto envolvimento dos parlamentares com Cachoeira.

De acordo com a PGR, as investigações não têm relação com o inquérito que apura a ligação entre o empresário e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Os deputados Sandes Júnior e Carlos Alberto Leréia são alvo de uma comissão de sindicância da Corregedoria da Câmara, que vai apurar se há indícios de quebra de decoro parlamentar. O deputado federal Stepan Nercessian se licenciou do PPS em março. Os parlamentares foram flagrados pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), em conversas telefônicas com Carlinhos Cachoeira.

Lewandowski determinou ainda o desmembramento das investigações contra Cachoeira, Claudio Abreu, Enio Andrade Branco, Norberto Rech, Geovani Pereira da Silva e Gleyb Ferreira da Cruz. Apesar de os fatos a eles atribuídos terem ligação com os que envolvem o senador Demóstenes Torres, estes investigados não têm a prerrogativa de foro especial. Por isso, o processo será remetido à Justiça Federal em Goiás.

O ministro do STF também aceitou o pedido de desmembramento do processo em relação ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. A pedido do procurador-geral, Lewandowski autorizou ainda a remessa de cópia do inquérito do STF para a PGR para apurar os fatos envolvendo Agnelo. Agora, caberá a Gurgel pedir uma investigação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o governador, que é a instância própria para julgar governadores.

No entanto, Lewandowski negou o pedido de inclusão do irmão de Demóstenes Torres, procurador-geral de Justiça de Goiás, Bendito Torres, no inquérito contra o senador, pois ele não possui prerrogativa de foro.

Carlinhos Cachoeira é apontado com o chefe da quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis e pagava propina para agentes públicos de segurança. Ele é acusado de comandar o jogo do bicho na Região Centro-Oeste, em especial no estado de Goiás. Ele foi preso durante a Operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro pela Polícia Federal, que resultou na prisão de 20 pessoas ligadas ao grupo criminoso.

O senador Demóstenes Torres é acusado de participar dos esquemas ilegais do empresário. Vazamentos das conversas telefônicas mostram o senador recebendo orientação da Cachoeira sobre projetos em tramitação no Congresso Nacional.

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Brasília – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, determinou hoje (24) o desmembramento do processo sobre o envolvimento de parlamentares com o empresário goiano, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar esquema de jogos ilegais.

Três inquéritos foram abertos a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os deputados federais Carlos Leréia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ) para investigar suposto envolvimento dos parlamentares com Cachoeira.

De acordo com a PGR, as investigações não têm relação com o inquérito que apura a ligação entre o empresário e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Os deputados Sandes Júnior e Carlos Alberto Leréia são alvo de uma comissão de sindicância da Corregedoria da Câmara, que vai apurar se há indícios de quebra de decoro parlamentar. O deputado federal Stepan Nercessian se licenciou do PPS em março. Os parlamentares foram flagrados pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), em conversas telefônicas com Carlinhos Cachoeira.

Lewandowski determinou ainda o desmembramento das investigações contra Cachoeira, Claudio Abreu, Enio Andrade Branco, Norberto Rech, Geovani Pereira da Silva e Gleyb Ferreira da Cruz. Apesar de os fatos a eles atribuídos terem ligação com os que envolvem o senador Demóstenes Torres, estes investigados não têm a prerrogativa de foro especial. Por isso, o processo será remetido à Justiça Federal em Goiás.

O ministro do STF também aceitou o pedido de desmembramento do processo em relação ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. A pedido do procurador-geral, Lewandowski autorizou ainda a remessa de cópia do inquérito do STF para a PGR para apurar os fatos envolvendo Agnelo. Agora, caberá a Gurgel pedir uma investigação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o governador, que é a instância própria para julgar governadores.

No entanto, Lewandowski negou o pedido de inclusão do irmão de Demóstenes Torres, procurador-geral de Justiça de Goiás, Bendito Torres, no inquérito contra o senador, pois ele não possui prerrogativa de foro.

Carlinhos Cachoeira é apontado com o chefe da quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis e pagava propina para agentes públicos de segurança. Ele é acusado de comandar o jogo do bicho na Região Centro-Oeste, em especial no estado de Goiás. Ele foi preso durante a Operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro pela Polícia Federal, que resultou na prisão de 20 pessoas ligadas ao grupo criminoso.

O senador Demóstenes Torres é acusado de participar dos esquemas ilegais do empresário. Vazamentos das conversas telefônicas mostram o senador recebendo orientação da Cachoeira sobre projetos em tramitação no Congresso Nacional.

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