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Letta obtém confiança do Senado com apoio de Berlusconi

O governo de coalizão do primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, obteve o voto de confiança do Senado com o apoio do líder conservador Silvio Berlusconi

O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta: voto de confiança veio após partido de Silvio Berlusconi respaldar governo de coalizão (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 10h58.

Roma -O governo de coalizão do primeiro-ministro da Itália , Enrico Letta, obteve nesta quarta-feira o voto de confiança do Senado com o apoio do líder conservador Silvio Berlusconi , que após anunciar uma ruptura por várias ocasiões, mudou sua posição e respaldou o Executivo.

O governo superou a moção de confiança no Senado com 235 votos a favor e 70 contra. Em seu discurso na casa, Letta disse que uma queda do governo agora podia ser "fatal e irremediável" para a Itália.

Além disso, Letta advertiu que o país se encontra "extenuado pelos conflitos de uma política imóvel e fechada em si mesma". Além disso, defendeu a ação de seu partido nos cinco meses de seu governo, que segundo ele "trabalhou apenas pelo interesse dos italianos".

Após superar o teste no Senado, Letta comparecerá na tarde de hoje na Câmara dos Deputados para comprovar o apoio ao seu governo, mas não deverá ter problemas para obter um voto de confiança dos parlamentares da casa.

A atenção da jornada estava concentrada no Senado, que estava muito dividido e onde para obter um voto de confiança Letta precisava do apoio do partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, o Povo da Liberdade (PDL).

O PDL, após uma manhã de indecisão, finalmente acabou apoiando o Executivo. A mudança de posição de Berlusconi veio após fortes tensões em seu partido, que se dividiu quando cerca de vinte parlamentares anunciaram a intenção de apoiar Letta.


A crise no PDL parecia certa após a demissão apresentada pelos cinco ministros do partido no governo, que saíram do Executivo seguindo orientações de Berlusconi.

Os ministros acataram a decisão mas demonstraram divergências. Um dos mais críticos foi o secretário do PDL, Angelino Alfano, considerado até agora braço direito de Berlusconi e que no gabinete de Letta ocupava os cargos de vice-primeiro-ministro e ministro do Interior.

Durante a manhã e após uma reunião com seus parlamentares fiéis, os indícios apontavam que Berlusconi não iria apoiar o Executivo.

No entanto, quando os partidos discursavam no Senado para expressar sua intenção de voto, Berlusconi tomou a palavra de forma inesperada e anunciou seu apoio de forma surpreendente.

O ex-primeiro-ministro justificou sua decisão pelo compromisso demonstrado por Letta com medidas de contenção fiscal e redução dos impostos sobre o trabalho, entre outras.

Berlusconi, que reconheceu que seu partido decidiu apoiar o governo após vários desencontros e superar dificuldades, destacou que a Itália "necessita de um governo que produza reformas".

Letta reagiu ao anúncio com um sorriso, entre a incredulidade e a satisfação, enquanto ao seu lado Alfano manteve um semblante sério.

O Partido Democrata, de Letta, atribuiu a mudança de Berlusconi ao seu desejo de esconder "uma derrota política", enquanto o ministro para as Relações com o Parlamento, Dario Franceschini, membro da legenda, falou no nascimento de uma nova maioria de apoio ao Executivo.

*Matéria atualizada às 10h58

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Roma -O governo de coalizão do primeiro-ministro da Itália , Enrico Letta, obteve nesta quarta-feira o voto de confiança do Senado com o apoio do líder conservador Silvio Berlusconi , que após anunciar uma ruptura por várias ocasiões, mudou sua posição e respaldou o Executivo.

O governo superou a moção de confiança no Senado com 235 votos a favor e 70 contra. Em seu discurso na casa, Letta disse que uma queda do governo agora podia ser "fatal e irremediável" para a Itália.

Além disso, Letta advertiu que o país se encontra "extenuado pelos conflitos de uma política imóvel e fechada em si mesma". Além disso, defendeu a ação de seu partido nos cinco meses de seu governo, que segundo ele "trabalhou apenas pelo interesse dos italianos".

Após superar o teste no Senado, Letta comparecerá na tarde de hoje na Câmara dos Deputados para comprovar o apoio ao seu governo, mas não deverá ter problemas para obter um voto de confiança dos parlamentares da casa.

A atenção da jornada estava concentrada no Senado, que estava muito dividido e onde para obter um voto de confiança Letta precisava do apoio do partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, o Povo da Liberdade (PDL).

O PDL, após uma manhã de indecisão, finalmente acabou apoiando o Executivo. A mudança de posição de Berlusconi veio após fortes tensões em seu partido, que se dividiu quando cerca de vinte parlamentares anunciaram a intenção de apoiar Letta.


A crise no PDL parecia certa após a demissão apresentada pelos cinco ministros do partido no governo, que saíram do Executivo seguindo orientações de Berlusconi.

Os ministros acataram a decisão mas demonstraram divergências. Um dos mais críticos foi o secretário do PDL, Angelino Alfano, considerado até agora braço direito de Berlusconi e que no gabinete de Letta ocupava os cargos de vice-primeiro-ministro e ministro do Interior.

Durante a manhã e após uma reunião com seus parlamentares fiéis, os indícios apontavam que Berlusconi não iria apoiar o Executivo.

No entanto, quando os partidos discursavam no Senado para expressar sua intenção de voto, Berlusconi tomou a palavra de forma inesperada e anunciou seu apoio de forma surpreendente.

O ex-primeiro-ministro justificou sua decisão pelo compromisso demonstrado por Letta com medidas de contenção fiscal e redução dos impostos sobre o trabalho, entre outras.

Berlusconi, que reconheceu que seu partido decidiu apoiar o governo após vários desencontros e superar dificuldades, destacou que a Itália "necessita de um governo que produza reformas".

Letta reagiu ao anúncio com um sorriso, entre a incredulidade e a satisfação, enquanto ao seu lado Alfano manteve um semblante sério.

O Partido Democrata, de Letta, atribuiu a mudança de Berlusconi ao seu desejo de esconder "uma derrota política", enquanto o ministro para as Relações com o Parlamento, Dario Franceschini, membro da legenda, falou no nascimento de uma nova maioria de apoio ao Executivo.

*Matéria atualizada às 10h58

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