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Lei de envio militar ao exterior pode ser aprovada no Japão

Agora resta apenas uma etapa para a aprovação definitiva do pacote de novas leis de defesa, uma votação plenária no Senado

Japoneses protestam contra lei de envio de militares ao exterior: Cerca de 13.000 pessoas, segundo a polícia, se reuniram em frente ao Parlamento para exigir que o projeto seja abandonado (Reuters / Yuya Shino)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 11h17.

Depois de intensos debates, os senadores japoneses aprovaram nesta quinta-feira em uma comissão a lei proposta pelo governo que autoriza o envio de militares a um conflito no exterior, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

Agora resta apenas uma etapa para a aprovação definitiva do pacote de novas leis de defesa, uma votação plenária no Senado, que deve acontecer nas próximas horas ou dias, apesar da forte oposição ao texto.

Nesta quinta-feira, em duas oportunidades, diante do primeiro-ministro Shinzo Abe impassível, integrantes da oposição e da coalizão governista cercaram o presidente da comissão e chegaram trocar empurrões.

O parlamentar de oposição Tetsuro Fukuyama explicou o motivo de seu partido ter apresentado uma moção para tentar impedir a adoção desta reinterpretação da Constituição pacifista do Japão.

"O partido no poder escuta a voz da população? Podem fazer tudo o que querem porque tem maioria. É assim que pensam?", questionou, à beira das lágrimas.

A tensão aumentou e a aprovação dos textos foi adiada em vários momentos, enquanto os parlamentares bloqueavam as portas e os corredores em sinal de protesto.

Para os críticos, as leis, que permitirão ao Japão uma intervenção para defender um aliado, são incompatíveis com a renúncia à guerra incluída no artigo 9 da Carta Magna imposta em 1947 pelos Estados Unidos.

Também afirmam que a nova interpretação da Constituição poderia levar o país a entrar em guerras por todo o mundo ao lado dos Estados Unidos.

Abe defende a necessidade de uma evolução legal ante as ameaças crescentes da China e da Coreia do Norte.

O primeiro-ministro alega que esta é uma normalização da situação militar do Japão, limitada desde o fim da guerra à autodefesa e a missões de ajuda humanitária ou logística.

"Esta lei é indispensável para proteger a vida e a paz de nossos cidadãos e deve ser adotada o mais rápido possível", declarou na segunda-feira.

Os japoneses saíram às ruas na quarta-feira para protestar contra a lei. Cerca de 13.000 pessoas, segundo a polícia, e 35.000 segundo os organizadores, se reuniram em frente ao Parlamento, em Tóquio, sob uma fina chuva, para exigir que o projeto seja abandonado.

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Depois de intensos debates, os senadores japoneses aprovaram nesta quinta-feira em uma comissão a lei proposta pelo governo que autoriza o envio de militares a um conflito no exterior, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

Agora resta apenas uma etapa para a aprovação definitiva do pacote de novas leis de defesa, uma votação plenária no Senado, que deve acontecer nas próximas horas ou dias, apesar da forte oposição ao texto.

Nesta quinta-feira, em duas oportunidades, diante do primeiro-ministro Shinzo Abe impassível, integrantes da oposição e da coalizão governista cercaram o presidente da comissão e chegaram trocar empurrões.

O parlamentar de oposição Tetsuro Fukuyama explicou o motivo de seu partido ter apresentado uma moção para tentar impedir a adoção desta reinterpretação da Constituição pacifista do Japão.

"O partido no poder escuta a voz da população? Podem fazer tudo o que querem porque tem maioria. É assim que pensam?", questionou, à beira das lágrimas.

A tensão aumentou e a aprovação dos textos foi adiada em vários momentos, enquanto os parlamentares bloqueavam as portas e os corredores em sinal de protesto.

Para os críticos, as leis, que permitirão ao Japão uma intervenção para defender um aliado, são incompatíveis com a renúncia à guerra incluída no artigo 9 da Carta Magna imposta em 1947 pelos Estados Unidos.

Também afirmam que a nova interpretação da Constituição poderia levar o país a entrar em guerras por todo o mundo ao lado dos Estados Unidos.

Abe defende a necessidade de uma evolução legal ante as ameaças crescentes da China e da Coreia do Norte.

O primeiro-ministro alega que esta é uma normalização da situação militar do Japão, limitada desde o fim da guerra à autodefesa e a missões de ajuda humanitária ou logística.

"Esta lei é indispensável para proteger a vida e a paz de nossos cidadãos e deve ser adotada o mais rápido possível", declarou na segunda-feira.

Os japoneses saíram às ruas na quarta-feira para protestar contra a lei. Cerca de 13.000 pessoas, segundo a polícia, e 35.000 segundo os organizadores, se reuniram em frente ao Parlamento, em Tóquio, sob uma fina chuva, para exigir que o projeto seja abandonado.

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