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Le Pen é vaiada durante ida a catedral em último dia de campanha

Além de tentarem impedir o acesso da candidata ao local, os manifestantes gritaram palavras a favor do ex-candidato da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon

Marine Le Pen: outros membros do partido também foram vaiados quando deixaram o templo (Charles Platiau/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de maio de 2017 às 09h34.

Paris - A candidata ultradireitista à presidência da França, Marine Le Pen , foi vaiada nesta sexta-feira por militantes de esquerda durante uma visita à catedral de Reims, no nordeste do país, em um ato público a poucas horas do encerramento da campanha.

A líder do partido Frente Nacional (FN) programou de última hora uma visita a essa catedral - um lugar simbólico já que ali eram tradicionalmente coroados os reis da França - e surpreendeu a todos, já que sua agenda só incluía para hoje entrevistas com meios de comunicação.

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Em sua chegada, acompanhada do soberanista Nicolas Dupont-Aignan, sexto colocado do primeiro-turno e que será seu primeiro-ministro em caso de vitória, a catedral foi desocupada, enquanto um grupo de jovens, identificados como militantes de esquerda, começou a vaiar a candidata.

Os manifestantes gritaram palavras de ordem a favor do ex-candidato da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, quarto colocado do primeiro turno, além de tentar impedir o acesso de Marine Le Pen ao local.

Após meia hora no interior do templo, a candidata ultradireitista saiu por uma porta traseira a toda velocidade, mas sem livrar-se das vaias de um grupo mais reduzido de manifestantes que o que a recebeu na entrada principal.

"Você não está em sua casa", gritaram os manifestantes em alusão ao lema da FN: "Estamos em nossa casa".

Outros membros do partido, como o vice-presidente, Florian Philippot, também foram vaiados quando deixaram o templo, em seu caso pela porta principal.

Dupont-Aignan atribuiu o ocorrido em Reims a "esquerdistas que não respeitam nada, nem a democracia nem a história de França".

A cidade de Reims, capital da região de Champanha-Ardenas, votou majoritariamente no social liberal Emmanuel Macron no primeiro turno, mas no departamento, essencialmente rural, quem terminou em primeiro lugar foi a líder ultradireitista.

Macron, por sua parte, fechou sua campanha com uma visita a Rodez e a Toulouse, duas cidades do sul do país onde obteve bons resultados no primeiro turno.

O candidato social liberal, que todas as pesquisas apontam como vencedor, pretende viajar a Paris para dar sua última entrevista ao site "Mediapart", um meio de comunicação vetado por sua rival em seus atos de campanha.

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