Christine Lagarde, president of the European Central Bank (ECB), during a news conference in Frankfurt, Germany, on Thursday, Sept. 8, 2022. The ECB hiked rates by 75 basis points and expects to tighten further as it raises inflation outlook to 2.3% rate in 2024. Photographer: Alex Kraus/Bloomberg via Getty Images (Alex Kraus/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 21 de fevereiro de 2023 às 19h24.
Última atualização em 20 de março de 2023 às 15h40.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, falou, em entrevista para uma emissora de televisão finlandesa, que está determinada a enfrentar a inflação na zona do euro e reduzi-la à meta de 2%. "Todas as nossas decisões vão em direção à meta", afirmou.
Para isso, a taxa de juros deve continuar subindo. "Nos últimos seis meses, aumentamos as taxas de juros em mais de 330 pontos base (bp). Da última vez, aumentamos em 50 pb, e pretendemos aumentar de novo em março", declarou Lagarde.
Mas o montante em que os juros serão elevados depende dos indicadores, segundo a líder do BCE. "Vamos olhar todos os números: inflação, custo de trabalho, projeções... E, assim, determinar o caminho da nossa política monetária". Ela mencionou também os salários como um componente chave para determinar a taxa de juros.
A última previsão do BCE é de que a inflação da zona do euro irá cair para 2,4% em 2025. "Quando estivermos confiantes de que a inflação já chegou à meta, não vamos precisar mais de altas taxas de juros", disse Lagarde. Ela também mencionou que é preciso acabar com o risco de demissões em massa e recuperações judiciais nos países europeus.
Segundo as previsões do BCE, não haverá, em 2023, nenhum país europeu em recessão, com exceção da Suécia. "Todos os países estarão ok. Não estarão ótimos, mas sem recessão", declarou Lagarde.
Quando questionada se o BCE dava mais suporte a países em crise, a presidente respondeu que essa concepção é superestimada. "A gente decide a política monetária por toda a área do euro. Não fazemos diferenças entre países do norte e do sul, pequenos e grandes, industriais e de serviços. Não decidimos por um país, mas por todos os 20 países", disse.
"Há diferença nas taxas de inflação entre os países, o que é explicada por alguns fatores, um deles sendo a proximidade com a Rússia", completou.