Mundo

Lagarde obtém apoio da Indonésia para chefiar FMI

País não havia se manifestado uma vez que havia a possibilidade de um candidato do Sudeste Asiático

Lagarde pode ser a primeira diretora mulher do FMI e quer ajuda de países emergentes (Dominique Charriau/Getty Images)

Lagarde pode ser a primeira diretora mulher do FMI e quer ajuda de países emergentes (Dominique Charriau/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h28.

Jacarta - A Indonésia declarou apoio neste domingo à ministra das Finanças francesa, Christine Lagarde, para ocupar a chefia do Fundo Monetário Internacional (FMI), um dia após o presidente do banco central de Israel, Stanley Fischer, lançar sua candidatura para o posto.

Anteriormente a Indonésia, uma economia emergente, não havia se comprometido com nenhuma candidatura, já que os países do sudeste asiático discutiam a possibilidade de lançar um candidato da região.

Lagarde, que já tem o apoio da União Europeia e de alguns países pequenos, recebeu uma mensagem de aprovação do ministro das Finanças da Indonésia, Agus Martowardojo.

Várias grandes economias emergentes têm criticado a longa tradição de o FMI ser comandado por europeus.

A ministra francesa, que está em uma turnê pelo mundo em busca de apoio, disse durante parada no Cairo neste domingo que conseguiu um apoio "bastante afirmativo" na capital egípcia, sugerindo que duas das maiores nações muçulmanas do mundo a apóiam agora.

Os Emirados Árabes Unidos declararam apoio a Lagarde no domingo.

O posto de diretor-gerente do FMI ficou vago após a renúncia do também francês Dominique Strauss-Khan, após ser preso em 14 de maio sob a acusação de tentar estuprar a camareira de um hotel em Nova York. Ele nega.

No sábado, o presidente do banco central israelense, Stanley Fischer, que já ocupou o segundo cargo mais importante na hierarquia do FMI, lançou sua candidatura para a chefia do Fundo.

Até então o único rival de Lagarde era o mexicano Augustín Carstens, visto como um azarão.

A surpreendente decisão de Fischer pareceu uma cartada de difícil sucesso, já que ele está com 67 anos, dois a mais do que o limite para se candidatar à vaga.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChristine LagardeEconomistasEuropaFMIFrançaIndonésiaPaíses ricos

Mais de Mundo

Pelo menos seis mortos e 40 feridos em ataques israelenses contra o Iêmen

Israel bombardeia aeroporto e 'alvos militares' huthis no Iêmen

Caixas-pretas de avião da Embraer que caiu no Cazaquistão são encontradas

Morre o ex-primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, aos 92 anos