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Kuczynski mantém vantagem apertada em eleição no Peru

Com 97,09% das urnas apuradas, a diferença entre os dois candidatos é de 0,28%

Eleições: esta é a eleição mais disputada dos últimos 25 anos no Peru (Mariana Bazo / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2016 às 13h51.

O candidato de centro-direita Pedro Pablo Kuczynski mantinha uma vantagem mínima sobre a rival, Keiko Fujimori, em uma apuração que avança a conta-gotas e ainda não permite declarar o vencedor do segundo turno da eleição presidencial no Peru .

Com 97,09% das urnas apuradas, a diferença entre os dois candidatos é de 0,28%.

O candidato do partido Peruanos por el Kambio (PPK) tinha 50,14% dos votos, contra 49,86% para a aspirante do Fuerza Popular (FP), segundo os resultados mais recentes divulgados pelo Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE).

A equipe de Kuczynski assegura, com base em cálculos próprios, que ele será o próximo presidente do Peru entre 2016 e 2021, com uma vantagem de 47.286 votos.

"Nos sentimos confiantes porque a análise estatística que obtemos a partir dos resultados que faltam do ONPE nos dão um resultado de triunfo", afirmou o candidato à vice-presidência pelo PPK, Martín Vizcarra.

"Este resultado é irreversível. Apesar de o ONPE não ter compilado os dados que faltam, nossos funcionários trazem a cópia das atas e isto nos permite calcular que PPK vencerá por quase 100.000 votos", completou.

Kuczynski, de 77 anos, afirmou que se pronunciará apenas após a divulgação dos resultados finais.

Keiko Fujimori, de 41 anos, não falou com a imprensa, mas fontes de seu partido demonstravam otimismo com o voto rural, setores em que a candidata tem forte apoio.

No entanto, o congressista da FP Héctor Becerril pareceu admitir a derrota ao afirmar que "o sonho do fujimorismo não acabou, simplesmente foi adiado".

Esta é a eleição mais disputada dos últimos 25 anos no Peru.

O analista eleitoral Julio César Castiglioni afirmou que o voto rural, esperança dos fujimoristas, já foi contado em quase 100% e destacou que os votos no exterior não devem modificar o resultado.

O chefe do ONPE, Mariano Cucho, pediu cautela à espera dos resultados, que serão conhecidos em sua totalidade em, pelo menos, dois dias.

Ainda faltam chegar os votos da selva central do Peru, onde problemas climáticos impediram a partida dos voos, explicou Cucho. Também devem chegar entre quarta e quinta-feira os votos feitos no exterior.

Ex-banqueiro de Wall Street e ex-ministro da Economia, Kuczynski começou a ganhar terreno na reta final da disputa, estimulado pelo bom desempenho no último debate presidencial, pelo apoio da maioria dos candidatos derrotados no primeiro turno - incluindo a popular candidata de esquerda Verónika Mendoza - e por um protesto organizado por grupos civis contra a candidatura de Fujimori.

Já para a filha do autocrata Alberto Fujimori, que governou o Peru de 1990 a 2000, esta é a segunda disputa pela presidência.

Ela pode amargar a segunda derrota, apesar de ter sido considerada favorita durante quase toda a campanha. Em 2011 ela perdeu para o presidente Ollanta Humala. Na votação passada, Kuczynski ficou em terceiro lugar.

O fujimorismo luta para voltar ao poder 16 anos depois de o pai da candidata, Alberto Fujimori, ter fugido para o Japão e renunciado à presidência por fax, pondo fim a um governo repressor e corrupto (1990-2000).

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Com 97,09% das urnas apuradas, a diferença entre os dois candidatos é de 0,28%.

O candidato do partido Peruanos por el Kambio (PPK) tinha 50,14% dos votos, contra 49,86% para a aspirante do Fuerza Popular (FP), segundo os resultados mais recentes divulgados pelo Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE).

A equipe de Kuczynski assegura, com base em cálculos próprios, que ele será o próximo presidente do Peru entre 2016 e 2021, com uma vantagem de 47.286 votos.

"Nos sentimos confiantes porque a análise estatística que obtemos a partir dos resultados que faltam do ONPE nos dão um resultado de triunfo", afirmou o candidato à vice-presidência pelo PPK, Martín Vizcarra.

"Este resultado é irreversível. Apesar de o ONPE não ter compilado os dados que faltam, nossos funcionários trazem a cópia das atas e isto nos permite calcular que PPK vencerá por quase 100.000 votos", completou.

Kuczynski, de 77 anos, afirmou que se pronunciará apenas após a divulgação dos resultados finais.

Keiko Fujimori, de 41 anos, não falou com a imprensa, mas fontes de seu partido demonstravam otimismo com o voto rural, setores em que a candidata tem forte apoio.

No entanto, o congressista da FP Héctor Becerril pareceu admitir a derrota ao afirmar que "o sonho do fujimorismo não acabou, simplesmente foi adiado".

Esta é a eleição mais disputada dos últimos 25 anos no Peru.

O analista eleitoral Julio César Castiglioni afirmou que o voto rural, esperança dos fujimoristas, já foi contado em quase 100% e destacou que os votos no exterior não devem modificar o resultado.

O chefe do ONPE, Mariano Cucho, pediu cautela à espera dos resultados, que serão conhecidos em sua totalidade em, pelo menos, dois dias.

Ainda faltam chegar os votos da selva central do Peru, onde problemas climáticos impediram a partida dos voos, explicou Cucho. Também devem chegar entre quarta e quinta-feira os votos feitos no exterior.

Ex-banqueiro de Wall Street e ex-ministro da Economia, Kuczynski começou a ganhar terreno na reta final da disputa, estimulado pelo bom desempenho no último debate presidencial, pelo apoio da maioria dos candidatos derrotados no primeiro turno - incluindo a popular candidata de esquerda Verónika Mendoza - e por um protesto organizado por grupos civis contra a candidatura de Fujimori.

Já para a filha do autocrata Alberto Fujimori, que governou o Peru de 1990 a 2000, esta é a segunda disputa pela presidência.

Ela pode amargar a segunda derrota, apesar de ter sido considerada favorita durante quase toda a campanha. Em 2011 ela perdeu para o presidente Ollanta Humala. Na votação passada, Kuczynski ficou em terceiro lugar.

O fujimorismo luta para voltar ao poder 16 anos depois de o pai da candidata, Alberto Fujimori, ter fugido para o Japão e renunciado à presidência por fax, pondo fim a um governo repressor e corrupto (1990-2000).

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