Pavilhão da Louis Vuitton na Praça Vermelha, na Rússia: Praça Vermelha não deve abrigar esse tipo de instalação, segundo líder partidário (Tatyana Makeyeva/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2013 às 13h42.
Moscou - O Kremlin ordenou nesta quarta-feira que seja retirado da Praça Vermelha um gigantesco pavilhão em forma de uma mala rígida da marca de luxo Louis Vuitton, cuja presença no coração da capital russa suscitou uma onda de críticas.
"A construção dessa pavilhão não foi estipulada com a Presidência da Rússia", disse um alto cargo do Kremlin citado pela agência "Interfax".
O pavilhão-baú da Louis Vuitton foi erguido para um exposição da assinatura francesa por conta do 120° aniversário do centro comercial GUM, situado em frente ao Kremlin, em um lado da Praça Vermelha.
Pouco depois das declarações do integrante do Kremlin, o escritório de imprensa do GUM informou que entrou em contato com a representação da assinatura francesa em Moscou para falar sobre a "necessidade de desmontar de maneira urgente" o criticado pavilhão-baú.
De acordo com o GUM, esta decisão foi adotado por conta da reação de parte da sociedade pela presença do pavilhão da Praça Vermelha, além do fato de seu tamanho ter excedido os parâmetros que tinham sido acordado inicialmente.
O projeto, indicou o GUM, nasceu da proposta da marca francesa de realizar com fins beneficentes uma exposição retrospectiva de viagens com artigos da Louis Vuitton.
"A companhia Louis Vuitton constrói um baú em pleno centro de Moscou, em nossa praça mais importante. Isto não pode ser!", declarou o líder do ultranacionalista Partido Liberal Democrático, Vladimir Jirinovski.
Segundo Konstantín Mikhailov, membro da câmara Pública da Rússia, a Praça Vermelha não deve, por seu status, abrigar esse tipo de instalações.
"Milhares de pessoas vão ali para ver precisamente a Praça Vermelha, e não um pavilhão de um empresa famosa", disse Mikhailov em declarações ao jornal digital "Gazeta.Ru".
*Atualização às 14h42 do dia 27/11/2013