Kim Jong-un preside reunião sobre corrupção e abuso de poder
A reunião é curiosa na medida em que é incomum que a Coreia do Norte reconheça a existência de problemas sistêmicos dentro do Partido dos Trabalhadores
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 08h52.
O líder norte-coreano,Kim Jong-Un, presidiu uma reunião de alto nível dedicada àcorrupçãoe ao abuso de poder entre os dirigentes do partido único, indicou nesta quinta-feira a imprensa oficial.
A reunião é curiosa na medida em que é incomum que a Coreia do Norte reconheça a existência de problemas sistêmicos dentro do Partido dos Trabalhadores da Coreia.
O encontro, no qual participaram membros do comitê central do partido e uma comissão de assuntos militares, foi a ocasião de "criticar principalmente a busca de privilégios, abusos de poder e burocracia que se manifestam no partido", explicou a agência oficial KCNA.
Os observadores consideram que a corrupção é endêmica em todos os níveis da sociedade norte-coreana, onde os subornos são habituais para avançar na carreira, ter acesso a bens básicos ou a medicamentos.
A mídia norte-coreana raramente fala de corrupção e se limita a mencionar casos individuais, como a execução, no final de 2013, do poderoso tio de Kim Jong-Un, Jang Song-Thaek, apresentado como um homem corrupto adepto de drogas e mulheres.
1. O ranking da desonestidade, suborno e negociatas
1 /43(Ed Jones / AFP)
São Paulo - Qual o custo da desonestidade dos governos? De acordo com o novo relatório da organização não governamental (ONG) Transparência Internacional, ele é imenso e vai muito além do roubo de dinheiro público. A falta de lisura de um país está ligada a graves problemas como o baixo índice de desenvolvimento humano, mão de obra escrava e infantil, tráfico de pessoas e animais silvestres, destruição ambiental, aumento da ineficiência do sistema político e econômico entre outras mazelas que, no extremo, corroem os alicerces da democracia. Divulgada nesta quarta-feira (27), a nova edição do Índice de Percepção daCorrupçãomediu os níveis percebidos de corrupção no setor público em 168 países, com base na opinião de especialistas. Os países receberam notas que variam de 0 a 100. Quanto mais próxima de zero for a pontuação, mais corrupto é o setor público daquele lugar. Ao todo, dois terços dos 168 países listados no índice têm uma pontuação abaixo de 50, numa escala de 0 (considerado o mais corrupto) a 100 (considerado o menos corrupto). Como mostra o gráfico abaixo, a corrupção é um problema global. Quanto mais vermelho escuro, mais corrupto é um país:
Brasil Hoje, no ranking, o Brasil está em pior colocação do que nações africanas, como Namíbia e Botsuana. Os escândalos envolvendo a Petrobrás ajudaram a rebaixar o país, que caiu do 69º lugar no ranking anterior para o 76º na edição atual. Nesta galeria, foram considerados apenas os países mais problemáticos, que tiveram as menores notas na classificação geral no índice, sendo aCoreia do Nortee aSomáliaos piores casos, com apenas 8 pontos cada (empatados na última colocação). No extremo oposto, entre os países menos corruptos, aparecem aDinamarca(91 pontos) e aFinlândia (90 pontos). Para além dos conflitos e guerras, a fraca governança, instituições públicas débeis – como a polícia e o judiciário, e a falta de independência da mídia caracterizam os países que ocupam as posições mais baixas. Veja nas imagens quais são os países mais corruptos do planeta, segundo a Transparência Internacional.
Hoje, no ranking, o Brasil está em pior colocação do que nações africanas, como Namíbia e Botsuana. Os escândalos envolvendo a Petrobrás ajudaram a rebaixar o país, que caiu do 69º lugar no ranking anterior para o 76º na edição atual. No ranking geral, a Dinamarca aparece como o país menos corrupto, seguida de Finlândia e Suécia. Quanto mais próximo dos 100 pontos, menos corrupto é o país, e quanto mais se aproxima do zero, mais corrupto ele é. Lista geral do menos corrupto para o mais corrupto: