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Khamenei diz que armas nucleares do Irã são um "mito"

O líder supremo do Irã disse que os Estados Unidos haviam criado um mito de armas nucleares para retratar o Irã como uma ameaça


	Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei
 (Caren Firouz/Reuters)

Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei (Caren Firouz/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2015 às 16h25.

DUBAI - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse a comandantes do Exército neste domingo que os Estados Unidos haviam criado um "mito" de armas nucleares para retratar o Irã como uma ameaça, endurecendo sua retórica antes da retomada das negociações nucleares nesta semana.

Khamenei, a mais alta autoridade do Irã, já apoiou as negociações, mas continua expressando profundas desconfianças em relação aos Estados Unidos.

"Eles criaram um mito de armas nucleares para que possam dizer que a República Islâmica é uma ameaça. Não, a fonte da ameaça é a própria América, com suas intervenções desestabilizadoras e irrestritas", disse Khamenei em pronunciamento televisionado diante de uma plateia de centenas de comandantes militares.

"O outro lado está metodicamente nos ameaçando militarmente, sem nenhuma vergonha. Mesmo se eles não fizessem essas ameaças abertas, teríamos de estar preparados", disse.

Líderes políticos no Irã e nos EUA lidam com setores domésticos céticos em relação aos avanços das negociações, e os comentários de Khamenei não pareceram sugerir que ele tenha retirado seu cauteloso apoio ao processo diplomático.

O Irã e seis outras potências mundiais, incluindo os EUA, chegaram a um acordo preliminar sobre o programa nuclear iraniano neste mês e devem retomar as negociações em Viena nesta semana, com a meta de atingir um acordo final até o fim de junho.  O acordo foi um passo importante rumo a uma decisão que tranquilizaria os temores ocidentais de que o Irã poderia construir uma bomba atômica, garantindo também, em troca, a suspensão de sanções econômicas a Teerã.

Apesar do progresso significativo, os dois lados ainda discordam em diversas questões, incluindo a rapidez do processo de suspensão das sanções econômicas após o acordo final.

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