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Kerry quer metas ambiciosas para emissão de gases estufas

Os Estados Unidos, que representam 12% das emissões globais, anunciaram planos de reduzir as emissões entre 26% e 28% até 2025


	O secretário de Estado americano, John Kerry: para ele, futuras gerações vão querer saber como é que os líderes mundiais puderam ser "tão cegos, ou tão ignorantes"
 (Rick Wilking/AFP)

O secretário de Estado americano, John Kerry: para ele, futuras gerações vão querer saber como é que os líderes mundiais puderam ser "tão cegos, ou tão ignorantes" (Rick Wilking/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2015 às 08h32.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, pediu nessa quinta-feira que sejam estabelecidas metas ambiciosas de redução de gases de efeito estufa.

Ele alertou para o risco de se jogar com o futuro da Terra, lembrando que não há Planeta B.

“Temos nove meses para nos aproximar de um acordo que nos coloque no caminho certo”, disse Kerry, ao comentar a conferência sobre as alterações climáticas, que será promovida pela Organização das Nações Unidas em dezembro, em Paris.

Os países, que devem buscar o limite do aumento da temperatura global em 2 graus, em relação aos níveis anteriores à Revolução Industrial, têm até 31 de março para anunciar o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Os Estados Unidos, que representam 12% das emissões globais, anunciaram planos de reduzir as emissões entre 26% e 28% até 2025.

“Se houver falha, as gerações futuras não vão nem devem perdoar os que ignorarem este momento, qualquer que seja o raciocínio”, disse Kerry, acrescentando que há décadas a ciência faz o alerta.

Ao discursar no Centro de Reflexão Atlantic Council, o secretário observou que, em caso de fracasso, “as futuras gerações vão julgar os esforços da geração atual não como um erro político, mas como uma falha coletiva e moral, com consequências históricas”.

Para ele, as futuras gerações vão querer saber como é que os líderes mundiais puderam ser "tão cegos, ou tão ignorantes, ou tão ideológicos, ou tão disfuncionais e, francamente, tão cabeçudos, que foram incapazes de agir com base no saber confirmado por tantos cientistas, em tantos estudos, durante um longo período”.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, que em dois anos no cargo tem se pronunciado sobre as alterações climáticas, reforçou seu argumento com uma perspectiva econômica, defendendo fontes de energia alternativas, como a solar e a eólica.

“A energia limpa não é apenas uma solução para as alterações climáticas. Sabem que mais? É também uma das maiores oportunidades econômicas de todos os tempos”, afirmou.

“Jogar com o futuro da Terra, quando se sabe perfeitamente qual o resultado, é basicamente imoral e um risco que ninguém deve correr. E temos de enfrentar a realidade: Não há Planeta B”, alertou Kerry.

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