Kerry pede que Curdistão ajude a solucionar crise iraquiana
O secretário de Estado americano, John Kerry, pediu aos dirigentes do Curdistão iraquiano que participem da formação do novo governo
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2014 às 11h04.
Bagdá - O secretário de Estado americano, John Kerry, pediu nesta terça-feira aos dirigentes da região autônoma do Curdistão iraquiano que 'contribuam ativamente' para achar uma solução ao conflito e participar da formação do novo governo.
Durante sua visita a Erbil, capital do Curdistão, Kerry se reuniu com o presidente curdo, Massoud Barzani, e o dirigente da União Patriótica do Curdistão (UPK) Borham Saleh.
Kerry pediu nesse encontro às autoridades curdas que 'participem ativamente no futuro do Iraque e na formação do próximo governo', segundo informou à Agência Efe uma fonte do Executivo curdo.
As conversas se centraram em analisar os passos para a formação desse novo governo, pendente após as eleições parlamentares de abril passado, nas quais ganhou mas sem maioria a coalizão Estado de Direito do primeiro-ministro, Nouri al-Maliki.
O Executivo central de Bagdá não pediu por enquanto de forma oficial ajuda a Erbil para frear o avanço dos insurgentes sunitas, liderados pelo Estado Islâmico do Iraque e o Levante (EIIL).
Por sua parte, as tropas curdas ('peshmergas') tomaram o controle de algumas zonas reivindicadas tradicionalmente pelos curdos, como Kirkuk, aproveitando a debandada do Exército.
Embora não estava prevista a visita de Kerry ao Curdistão, como também foi uma surpresa a de Bagdá, desde ontem se especulava com sua escala em Erbil no marco de seu tour pelo Oriente Médio e Europa.
Perante as divisões entre as forças políticas iraquianas, Kerry pediu ontem em Bagdá à formação de um governo que represente todas as partes para dar saída ao conflito.
'Quando os xiitas , os sunitas e os curdos participarem da escolha do governo, o Iraque será mais forte e seguro', ressaltou Kerry, que prometeu o apoio militar de seu país para lutar contra o terrorismo.