Exame Logo

Kerry diz que eleição na Síria foi sem sentido

Secretário norte-americano declarou que as eleições presidenciais foram "um grande zero", que não mudarão nada

Presidente da Síria, Bashar al-Assad, e sua esposa Asmaa, durante votação (Sana/Handout via Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 22h35.

Beirute - O Secretário de Estado dos EUA, John Kerry , declarou que as eleições presidenciais da Síria foram "um grande zero", que não mudarão nada.

Para ele, o processo eleitoral foi "sem sentido, porque você não pode ter uma eleição na qual milhões do seu povo sequer têm a habilidade de votar".

Kerry falou durante uma visita de um dia à capital do Líbano. O Secretário de Estado dos EUA insistiu que o conflito na Síria continua o mesmo. "O terror é o mesmo, as mortes são as mesmas."

Os sírios votaram na terça-feira, no entanto o processo somente ocorreu em áreas controladas pelo governo e os grandes grupos de oposição boicotaram a votação.

Segundo o porta-voz do Parlamento da Síria, Jihad Laham, Assad garantiu mais um mandato de sete anos com 10.319,723 votos, segundo números finais, o que representa 88,7% dos votos válidos.

Muitos dos mais de 2,7 milhões de refugiados sírios se abstiveram ou foram excluídos do processo eleitoral por lei.

O quê: eleições parlamentares Quando: abrilO atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois.Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade.O novo líder terá de enfrentar um Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
  • 2. 8. Turquia

    2 /4(MUSTAFA OZER/AFP/Getty Images)

  • Veja também

    O quê: eleições presidenciais Quando: agosto Após um 2013 marcado por violentos protestos, os turcos terão a sua primeira eleição direta para presidente da história. O atual primeiro-ministro, Recep Erdogan, alvo dos protestos, pode largar o seu cargo para concorrer. É que seu terceiro e legalmente último mandato acaba em 2015. Ele pode largar o trabalho no meio para tentar se perpetuar no poder de outra maneira. E, não por coincidência, seu partido fala em reformar a Constituição para dar mais poderes ao presidente.
  • 3. 10. Brasil

    3 /4(EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

  • O quê: eleições presidenciais Quando: outubro Dilma Rousseff não deve ter dificuldade para conseguir o seu segundo mandato. A grande discussão da oposição se limita a saber quem pode ser forte o bastante para prolongar a disputa até o segundo turno. Dilma deverá enfrentar, em junho, o teste de fogo da Copa do Mundo (se algo der muito errado, as consequências para o governo são imprevisíveis). Além disso, mais uma onda de protestos em junho já está agendada há tempos no calendário dos manifestantes.
  • 4. Agora conheça o povo mais materialista do mundo

    4 /4(STR/AFP/Getty Images)

  • Acompanhe tudo sobre:Bashar al-AssadEleiçõesGuerrasJohn KerryPolíticosSíria

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Mundo

    Mais na Exame