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Katsav, ex-presidente de Israel, é condenado por estupro

Antigo governante também terá que pagar uma indenização de US$ 28,3 mil a uma das vítimas

Moshe Katsav, ex-presidente de Israel, após ser condenado a 7 anos de prisão por estupro (Uriel Sinai/Getty Images)

Moshe Katsav, ex-presidente de Israel, após ser condenado a 7 anos de prisão por estupro (Uriel Sinai/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de março de 2011 às 08h57.

Jerusalém - O ex-presidente de Israel Moshe Katsav foi condenado nesta terça-feira no Tribunal de Distrito de Tel Aviv a sete anos de prisão por estupro e assédio sexual.

Após a leitura da sentença, Katsav começou a chorar, ficou nervoso e passou a gritar que o juiz se enganara e deixara a "mentirosa" vencer, segundo o relato do jornalista do canal 10 da emissora local presente na sala, onde não foi permitido o acesso com câmeras.

Katsav enfrentava a possibilidade de ser condenado a até 16 anos de prisão, e a Promotoria exigira um castigo exemplar pelos delitos dos quais havia sido declarado culpado em dezembro.

Katsav, chefe de Estado de Israel entre 2000 e 2007, também foi condenado a dois anos de liberdade condicional e a pagar 100 mil shekels (US$ 28.300) a uma das vítimas.

Um dos três juízes apresentou um voto diferente ao manifestar a opinião de que a pena deveria ser de quatro anos.

Katsav iniciará o cumprimento da pena em 8 de maio, data que este ano coincide com o Dia da Independência, feriado para celebrar a criação do Estado de Israel, em 1948.

"O estupro é um dos crimes mais sérios na legislação, pelo que o castigo deve ser claro e preciso", manifestou o juiz principal, George Karra, no início da leitura da sentença.

Karra ressaltou que o ex-chefe de Estado "cometeu o delito e deve cumprir o castigo como qualquer outro homem, porque ninguém está acima da lei".

Após o fim da sessão, Katsav deixou o tribunal cercado por vários jornalistas e não concedeu declarações.

Katsav foi declarado culpado em dezembro por estuprar duas vezes uma ex-funcionária do Ministério do Turismo, pasta da qual foi titular entre 1996 e 1999; por abuso e assédio sexual contra duas funcionárias da Presidência; e por delitos menores como abuso de poder, obstrução à justiça e assédio a testemunhas.

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