O líder do PSD, no entanto, ofereceu ajuda ao governo federal em propostas ou projetos que estejam de acordo com as diretrizes da nova legenda (Divulgação/Prefeitura de São Paulo)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2011 às 12h44.
São Paulo - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou hoje que não tem "nenhuma expectativa" de que o PSD ganhe espaço na eventual reforma ministerial esperada para 2012. Como presidente nacional da nova sigla, Kassab ressaltou que o PSD é "independente", mas ofereceu ajuda ao governo federal em propostas ou projetos que estejam de acordo com as diretrizes da nova legenda.
"O partido é independente. O governo federal sabe que poderá contar conosco em todos os projetos, em todas as ações que tenham vinculação com o nosso programa partidário", afirmou. Ele disse ainda que não espera que a sigla integre o governo federal em reformas administravas posteriores ao próximo ano.
Kassab participou hoje de evento de apresentação do novo modelo de trólebus para a renovação da frota da capital paulista. A crise no Ministério do Esporte tem aumentado a expectativa dos partidos da base aliada em torno de uma reforma ministerial. As eventuais mudanças, previstas para janeiro de 2012, já geram a insatisfação de siglas como PDT, PP e PC do B, ameaçadas de per perder espaço no primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios. A presidente Dilma Rousseff, segundo membros do Palácio do Planalto, deve levar em conta o tamanho dos partidos para a redistribuição de cargos e orçamentos.
No evento, Kassab ressaltou ainda que é "natural" que a Câmara dos Deputados promova uma redistribuição de espaço após a criação do PSD. Ele defendeu que a bancada da nova sigla tenha os seus direitos assegurados para que possa atuar. "Essa é uma questão parlamentar que será coordenada por nossa bancada, e é evidente que isso deverá acontecer", afirmou. "É evidente que essa nova bancada terá os seus direitos para que possa funcionar." O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), já destacou a necessidade de uma reconfiguração do espaço, que envolveria tanto a realocação de gabinetes como a titularidade em comissões e relatorias.