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Karzai propõe adiar eleição presidencial por causa da neve

Iniciativa que deve irritar os EUA e críticos do presidente, temerosos de que ele esteja tentando prolongar na marra o seu segundo e último mandato

Hamid Karzai: relação de Karzai com os EUA se deteriorou por causa da recusa dele em assinar um acordo que garantiria uma presença militar norte-americana residual no Afeganistão a partir de 2015 (Shah Marai/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 10h00.

Cabul - O presidente afegão, Hamid Karzai, sugeriu adiar as eleições de abril para evitar nevascas, disseram organizadores do pleito, numa iniciativa que deve irritar os EUA e críticos do presidente, temerosos de que ele esteja tentando prolongar na marra o seu segundo e último mandato.

A Constituição impede Karzai de tentar uma nova reeleição, e até agora ele não apoiou nenhum dos candidatos, embora haja a expectativa de que se pronuncie em favor de seu irmão mais velho Qayum, visto como um dos favoritos.

Recentemente, a relação de Karzai com os EUA se deteriorou por causa da recusa dele em assinar um acordo que garantiria uma presença militar norte-americana residual no Afeganistão a partir de 2015. Ele disse que o acordo só deveria ser assinado depois da eleição, o que segundo alguns é um sinal da sua relutância em sair de cena.

"A respeito do tempo, há preocupações", disse no domingo o presidente da Comissão Eleitoral Independente, Yousof Nooristani, ao Senado afegão.

"Até o presidente sugeriu que poderíamos fazer mudanças (na data), porque ele recebeu queixas das pessoas. Eu lhe disse que não poderíamos, porque a data está marcada com base na Constituição e na lei eleitoral." Funcionários do governo dizem que o bloqueio de estradas por causa da neve em determinadas províncias pode impedir muitos eleitores de chegarem às seções eleitorais.

Embora a lei fixe a data do pleito, um membro da comissão nomeada pelo governo de Karzai para organizar a votação disse que ela pode ser adiada se houver risco de que o mau tempo inviabilize a participação de um grande número de eleitores.

"Isso é possível, mas uma coisa está clara. Estamos tentando não dizer isso, é prematuro", disse o comissário à Reuters, pedindo anonimato por não estar autorizado a dar declarações à imprensa.

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A Constituição impede Karzai de tentar uma nova reeleição, e até agora ele não apoiou nenhum dos candidatos, embora haja a expectativa de que se pronuncie em favor de seu irmão mais velho Qayum, visto como um dos favoritos.

Recentemente, a relação de Karzai com os EUA se deteriorou por causa da recusa dele em assinar um acordo que garantiria uma presença militar norte-americana residual no Afeganistão a partir de 2015. Ele disse que o acordo só deveria ser assinado depois da eleição, o que segundo alguns é um sinal da sua relutância em sair de cena.

"A respeito do tempo, há preocupações", disse no domingo o presidente da Comissão Eleitoral Independente, Yousof Nooristani, ao Senado afegão.

"Até o presidente sugeriu que poderíamos fazer mudanças (na data), porque ele recebeu queixas das pessoas. Eu lhe disse que não poderíamos, porque a data está marcada com base na Constituição e na lei eleitoral." Funcionários do governo dizem que o bloqueio de estradas por causa da neve em determinadas províncias pode impedir muitos eleitores de chegarem às seções eleitorais.

Embora a lei fixe a data do pleito, um membro da comissão nomeada pelo governo de Karzai para organizar a votação disse que ela pode ser adiada se houver risco de que o mau tempo inviabilize a participação de um grande número de eleitores.

"Isso é possível, mas uma coisa está clara. Estamos tentando não dizer isso, é prematuro", disse o comissário à Reuters, pedindo anonimato por não estar autorizado a dar declarações à imprensa.

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