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Karzai diz que Otan será força "invasora" se bombardeios prosseguirem

População sofre com ataques, que causaram mortes de civis, segundo o presidente afegão

Karzai: "A história mostra com clareza como reagem os afegãos contra um conquistador" (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 06h41.

Cabul - O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, assegurou nesta terça-feira que considerará como "invasoras" as forças da Otan presentes no país se não cessarem os bombardeios contra casas da população, após as últimas mortes de civis.

"Se não detiverem seus bombardeios contra nossas casas, sua presença no Afeganistão será a de um invasor, contra o desejo do povo afegão", disse um irado Karzai desde seu palácio, em um pronunciamento transmitido pela televisão afegã.

"A história mostra com clareza como reagem os afegãos contra um conquistador", acrescentou o presidente.

Karzai visitou nesta segunda-feira a localidade de Nawzad, na província de Helmand, onde um bombardeio da Otan matou no sábado 12 crianças e duas mulheres no transcurso de um combate contra os talibãs, segundo fontes oficiais afegãs.

A missão da Otan no país, a Força Internacional de Assistência à Segurança, se desculpou pelas mortes de "nove" civis, mas Karzai afirmou ontem que esta ação representaria sua "última" advertência às tropas internacionais.

Segundo dados da missão das Nações Unidas no Afeganistão (Unama), 2.777 civis morreram no ano passado por consequência da violência, número 15% maior que o registrado em 2009.

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"Se não detiverem seus bombardeios contra nossas casas, sua presença no Afeganistão será a de um invasor, contra o desejo do povo afegão", disse um irado Karzai desde seu palácio, em um pronunciamento transmitido pela televisão afegã.

"A história mostra com clareza como reagem os afegãos contra um conquistador", acrescentou o presidente.

Karzai visitou nesta segunda-feira a localidade de Nawzad, na província de Helmand, onde um bombardeio da Otan matou no sábado 12 crianças e duas mulheres no transcurso de um combate contra os talibãs, segundo fontes oficiais afegãs.

A missão da Otan no país, a Força Internacional de Assistência à Segurança, se desculpou pelas mortes de "nove" civis, mas Karzai afirmou ontem que esta ação representaria sua "última" advertência às tropas internacionais.

Segundo dados da missão das Nações Unidas no Afeganistão (Unama), 2.777 civis morreram no ano passado por consequência da violência, número 15% maior que o registrado em 2009.

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