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Karzai diz que imunidade das tropas dos EUA é o que falta

Em maio de 2012, Obama e Karzai assinaram um pacto estratégico para garantir a cooperação entre os dois países por um período de uma década a partir de 2014

Hamid Karzai, presidente do Afeganistão (Mandel Ngan/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2013 às 17h41.

Cabul - O presidente afegão, Hamid Karzai, disse neste sábado que a imunidade das tropas dos EUA é a única divergência entre Washington e Cabul para carimbar um pacto bilateral de segurança antes da retirada da Otan em 2014.

'Não alcançamos um acordo. Coincidimos em todos os aspectos, salvo na imunidade', afirmou Karzai em entrevista coletiva no Palácio presidencial de Cabul junto ao secretário de Estado americano, John Kerry, de visita no país.

O líder afegão defendeu que apenas 'Loya Jirga - uma assembleia de representantes políticos e tribais - pode decidir sobre a imunidade das tropas internacionais', em alusão à reunião deste organismo que está prevista no prazo de um mês.

Karzai agradeceu a 'ajuda' que os EUA deram ao Afeganistão durante estes 12 anos de conflito, mas ressaltou que, com a ratificação de um acordo de segurança para o futuro, o povo afegão 'deseja' obter o que não conseguiu no 'no passado'.

Kerry, por sua vez, disse que 'não haverá acordo' se não for conservado o status atual do qual os soldados americanos desfrutam no Afeganistão, em virtude de que são julgados por seus crimes em solo americano.

'Não há imunidade para (os que cometem crimes), todos os que violaram as leis estão nas prisões nos EUA. A jurisdição de nossas tropas faz parte de nossos padrões', disse o secretário de Estado.

Apesar do ponto morto sobre a imunidade, o chefe da diplomacia americana se mostrou otimista com relação ao futuro e lembrou que após ter negociado durante os últimos 11 meses, as partes 'resolveram os principais assuntos nas últimas 24 horas'.

Kerry também prometeu que, caso as tropas permaneçam no país asiático após 2014, as forças norte-americanas não realizarão 'operações unilaterais'.

A morte de civis em ofensivas dos EUA e da Otan foi nos últimos anos o problema entre Cabul e Washington e a comunidade internacional.

Em 2011, as tropas estrangeiras começaram a se retirar do país asiático e a transferir o controle da segurança ao Exército e polícia afegãos.

O processo, que deve ser concluído ao longo do ano que vem, arroja um futuro incerto sobre o Afeganistão pois o conflito se encontra em um dos momentos mais sangrentos.

O presidente americano, Barack Obama, e Karzai assinaram em maio de 2012 um pacto estratégico para garantir a cooperação entre os dois países por um período de uma década a partir de 2014.

O chamado Acordo Bilateral de Segurança (BSA, sigla em inglês) é uma peça desse quebra-cabeças que começou a ser negociado em novembro e que deve regular a presença militar americano e o número de bases - Karzai falou de até nove -, entre outros aspectos.

Kerry, que chegou ontem expressamente a Cabul para acelerar a assinatura deste acordo, deve retornar nesta mesma noite para Washington.

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Cabul - O presidente afegão, Hamid Karzai, disse neste sábado que a imunidade das tropas dos EUA é a única divergência entre Washington e Cabul para carimbar um pacto bilateral de segurança antes da retirada da Otan em 2014.

'Não alcançamos um acordo. Coincidimos em todos os aspectos, salvo na imunidade', afirmou Karzai em entrevista coletiva no Palácio presidencial de Cabul junto ao secretário de Estado americano, John Kerry, de visita no país.

O líder afegão defendeu que apenas 'Loya Jirga - uma assembleia de representantes políticos e tribais - pode decidir sobre a imunidade das tropas internacionais', em alusão à reunião deste organismo que está prevista no prazo de um mês.

Karzai agradeceu a 'ajuda' que os EUA deram ao Afeganistão durante estes 12 anos de conflito, mas ressaltou que, com a ratificação de um acordo de segurança para o futuro, o povo afegão 'deseja' obter o que não conseguiu no 'no passado'.

Kerry, por sua vez, disse que 'não haverá acordo' se não for conservado o status atual do qual os soldados americanos desfrutam no Afeganistão, em virtude de que são julgados por seus crimes em solo americano.

'Não há imunidade para (os que cometem crimes), todos os que violaram as leis estão nas prisões nos EUA. A jurisdição de nossas tropas faz parte de nossos padrões', disse o secretário de Estado.

Apesar do ponto morto sobre a imunidade, o chefe da diplomacia americana se mostrou otimista com relação ao futuro e lembrou que após ter negociado durante os últimos 11 meses, as partes 'resolveram os principais assuntos nas últimas 24 horas'.

Kerry também prometeu que, caso as tropas permaneçam no país asiático após 2014, as forças norte-americanas não realizarão 'operações unilaterais'.

A morte de civis em ofensivas dos EUA e da Otan foi nos últimos anos o problema entre Cabul e Washington e a comunidade internacional.

Em 2011, as tropas estrangeiras começaram a se retirar do país asiático e a transferir o controle da segurança ao Exército e polícia afegãos.

O processo, que deve ser concluído ao longo do ano que vem, arroja um futuro incerto sobre o Afeganistão pois o conflito se encontra em um dos momentos mais sangrentos.

O presidente americano, Barack Obama, e Karzai assinaram em maio de 2012 um pacto estratégico para garantir a cooperação entre os dois países por um período de uma década a partir de 2014.

O chamado Acordo Bilateral de Segurança (BSA, sigla em inglês) é uma peça desse quebra-cabeças que começou a ser negociado em novembro e que deve regular a presença militar americano e o número de bases - Karzai falou de até nove -, entre outros aspectos.

Kerry, que chegou ontem expressamente a Cabul para acelerar a assinatura deste acordo, deve retornar nesta mesma noite para Washington.

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