A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata pelo Partido Democrata à Casa Branca, Kamala Harris, recebeu nesta sexta-feira, em uma carta, o apoio de 88 destacados líderes empresariais do país, entre eles o CEO do portal de avaliações Yelp, Jeremy Stoppelman, e o presidente do conselho de administração do aplicativo Snap, Michael Lynton.
A rede de televisão "CNBC", que teve acesso exclusivo à carta, observou que entre os signatários também estão o herdeiro do império de mídia da família Murdoch, James Murdoch, e o executivo de criptomoedas Chris Larsen, cofundador da plataforma Ripple.
“A melhor maneira de apoiar a força, a segurança e a confiabilidade contínuas de nossa democracia e economia” é eleger Harris como presidente, disseram eles, estimando que a atual vice-presidente continuará a apoiar políticas em favor do estado de direito e da estabilidade.
A filantropa Lynn Forester de Rothschild, o bilionário porto-riquenho José Feliciano e Ted Leonsis, proprietário do time de basquete Washington Wizards e do time de hóquei Washington Capitals, são outros signatários de um documento que inclui apoiadores de longa data de Harris, como o cofundador do Facebook Dustin Moskovitz e o ex-jogador da NBA e atual empresário Magic Johnson.
Em 28 de agosto, Harris foi apoiada por centenas de investidores do Vale do Silício, principalmente por suas políticas em favor do aborto e contra as mudanças climáticas, de acordo com uma pesquisa divulgada na época.
Tanto ela quanto seu adversário nas urnas em 5 de novembro, o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano, têm se concentrado há dias em suas propostas econômicas, que também serão o foco de atenção no primeiro debate eleitoral entre eles, marcado para a próxima terça-feira.
Kamala propôs nesta semana tributar os ganhos de capital dos mais ricos em até 28%.
Esse é um aumento de oito pontos percentuais em relação à alíquota atual, mas está bem abaixo dos 39,6% que Biden defendeu quando ainda estava concorrendo à reeleição, antes de desistir da disputa em 21 de julho.
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Nascida em 20 de outubro de 1964, em Oakland, Califórnia, Kamala é filha de imigrantes.
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Sua mãe, Shyamala Gopalan, é uma pesquisadora indiana. Seu pai, um economista jamaicano.
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Formou-se em Ciências Políticas e Economia pela Universidade Howard, uma das mais prestigiadas universidades historicamente negras dos EUA.
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Depois obteve seu diploma de Direito pela Universidade da Califórnia, Hastings.
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Sua carreira começou em 1990, quando se tornou promotora no condado de Alameda, na Califórnia.
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Em 2003, ela foi eleita procuradora-distrital de São Francisco.
(Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, durante evento em junho de 2021)
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Poucos anos mais tarde, em 2010, foi eleita procuradora-geral da Califórnia.
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A carreira política despontou a partir de 2017, como estrela em ascensão do Partido Democrata após ser eleita senadora na Califórnia.
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Quase imediatamente, ela fez seu nome em Washington com seu estilo incisivo em audiências no Senado.
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Com boa performance em debates, inclusive contra o próprio Biden, Harris ganhou destaque entre progressistas.
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Quando Biden foi escolhido, ele iniciou o processo de seleção de um companheiro de chapa, com um foco explícito em escolher uma mulher, preferencialmente negra, para refletir a diversidade do partido e do país.
(A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, realiza uma reunião com legisladoras estaduais latinas para discutir o fortalecimento e a proteção dos direitos reprodutivos em seus estados em Washington em 2022)
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Harris estava entre os principais nomes considerados, junto com outras figuras de destaque do partido, como Elizabeth Warren e Stacey Abrams.
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Enfim, em agosto de 2020, Biden a escolheu como sua companheira de chapa, numa decisão histórica e simbólica.
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Sobre o convite, Harris afirmou que estava "incrivelmente honrada e pronta para trabalhar".
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