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Kadafi tenta romper isolamento internacional com oferta de petróleo

Representantes do ditador querem negociar fornecimento de petróleo com China, Índia e Rússia

Confrontos em Ras Lanuf, na Líbia: Kadafi retomou o controle do polo petrolífero (John Moore/Getty Images)

Confrontos em Ras Lanuf, na Líbia: Kadafi retomou o controle do polo petrolífero (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 12h58.

Cairo - O líder líbio, Muammar Kadafi, busca romper o isolamento diplomático internacional mediante a oferta de abastecimento de petróleo lançado no domingo e reiterado nesta madrugada aos embaixadores da China, Índia e Rússia.

Tal como informou nesta segunda-feira a agência de notícias oficial líbia "Jana", Kadafi manteve um encontro com os representantes diplomáticos dos três países na Jamahiriya (República), nome que recebe sua peculiar revolução após aceder ao poder 41 anos atrás.

O regime de Kadafi, que, após duros combates, retomou o controle da refinaria de Zawiyah e os polos petrolíferos de Ras Lanuf e Brega, conta com o trunfo do petróleo para tentar sair do isolamento em que seu regime se encontra, ao qual Estados Unidos, União Europeia e Liga Árabe querem submeter a um embargo aéreo.

As petrolíferas estrangeiras tiveram de suspender suas operações na Líbia devido à rebelião iniciada em todo o país em 16 de fevereiro e ao êxodo de trabalhadores expatriados e imigrantes que mantêm essa indústria ativa.

O convite a enviar navios petroleiros para abastecimento nos terminais tomados dos rebeldes pelas tropas pró-Kadafi após duros combates foi lançado no domingo à noite pela agência "Jana".

Nesta segunda-feira, a agência estatal repercutia o convite estendido de maneira pessoal aos três embaixadores, com os quais, supostamente, segundo a versão da "Jana", foram discutidos também assuntos bilaterais.

Segundo a versão oficial, talvez numa tentativa de oferecer uma visão de normalidade, os diplomatas e o coronel líbio abordaram em suas conversas a situação no Japão após o terremoto e o posterior tsunami.

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