Se condenado, Lee Myung-bak poderá receber pena de até 45 anos (Kim Hong-Ji/Reuters)
EFE
Publicado em 22 de março de 2018 às 13h53.
Seul - Um tribunal da Coreia do Sul emitiu nesta quinta-feira uma ordem de prisão provisória contra o ex-presidente Lee Myung-bak, acusado de evasão fiscal e de ter aceitado mais de US$ 10 milhões em propina quando foi chefe de Estado entre 2009 e 2013.
O tribunal do Distrito Central de Seul autorizou a detenção após pedido do Ministério Público, o que levará Lee, de 77 anos, a ficar sob custódia em uma penitenciária da capital e a se transformar no quarto presidente do país detido por corrupção.
O Ministério Público acusa o político conservador de 12 crimes, entre eles o de ter recebido 11 bilhões de wons (US$ 10,2 milhões) em propina procedente de instituições que vão desde o Serviço Nacional de Inteligência (NIS, na sigla em inglês) à todo-poderosa empresa tecnológica Samsung.
Antes de formular o pedido de detenção, os promotores submeteram o ex-presidente a um interrogatório de 21 horas na semana passada. Se for condenado, Lee poderá receber uma pena de até 45 anos de prisão.
Lee negou todas as acusações, que também incluem abuso de poder e desvios, e denunciou que a investigação é, na realidade, uma vingança política liderada pelo atual governo do liberal Moon Jae-in.
A acusação contra Lee chega com a lembrança ainda viva na Coreia do Sul de sua sucessora, a também conservadora Park Geun-hye, que foi destituída no ano passado e processada por corrupção em um caso que terá sua sentença nas próximas semanas e no qual o Ministério Público pediu 30 anos de prisão.