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Justiça inspeciona Ford na Argentina por sequestros

Juíza realizou a inspeção de fábrica com ex-trabalhadores que denunciaram terem sido sequestrados em 1976 no local durante o regime militar

A vistoria foi realizada nos lugares apontados pelos operários, onde teriam ocorrido os sequestros (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2012 às 21h13.

Buenos Aires - Uma juíza da Argentina inspecionou nesta terça-feira a fábrica automotiva da Ford na cidade de Pacheco, na província de Buenos Aires, como parte de uma investigação pelo suposto sequestro de trabalhadores da empresa durante a última ditadura militar (1976-1983).

Fontes oficiais informaram que a juíza responsável pela investigação, Alicia Vence, realizou a inspeção da fábrica junto com dez ex-trabalhadores, entre eles delegados sindicais, que denunciaram terem sido sequestrados em 1976 no local durante o regime militar.

A vistoria foi realizada nos lugares apontados pelos operários, onde teriam ocorrido os sequestros: refeitório, escritórios de pintura e montagem e um refeitório do parque recreativo da fábrica.

Segundo um comunicado do Arquivo Nacional da Memória, da Secretaria de Direitos Humanos da Argentina, neste último local do complexo fabril o Exército montou um centro de tortura e manteve os operários presos ilegalmente durante várias horas, antes de levá-los a diferentes centros clandestinos de detenção.

Em 2006, Pedro Troiani, um dos ex-delegados sindicais sequestrados, apresentou uma queixa contra ex-diretores da filial local da Ford, acusando-os de executar um plano para se livrar de forma violenta da atividade sindical em cumplicidade com forças repressivas.

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Fontes oficiais informaram que a juíza responsável pela investigação, Alicia Vence, realizou a inspeção da fábrica junto com dez ex-trabalhadores, entre eles delegados sindicais, que denunciaram terem sido sequestrados em 1976 no local durante o regime militar.

A vistoria foi realizada nos lugares apontados pelos operários, onde teriam ocorrido os sequestros: refeitório, escritórios de pintura e montagem e um refeitório do parque recreativo da fábrica.

Segundo um comunicado do Arquivo Nacional da Memória, da Secretaria de Direitos Humanos da Argentina, neste último local do complexo fabril o Exército montou um centro de tortura e manteve os operários presos ilegalmente durante várias horas, antes de levá-los a diferentes centros clandestinos de detenção.

Em 2006, Pedro Troiani, um dos ex-delegados sindicais sequestrados, apresentou uma queixa contra ex-diretores da filial local da Ford, acusando-os de executar um plano para se livrar de forma violenta da atividade sindical em cumplicidade com forças repressivas.

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