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Justiça indicia 2 pessoas por cumplicidade em ataques

Dois homens foram indiciados por cumplicidade com o suposto autor dos ataques que deixaram dois mortos e cinco feridos em Copenhague

Flores e mensagens colocadas diante de centro cultural onde uma pessoa morreu durante ataque na Dinamarca (Soeren Bidstru/AFP)

Flores e mensagens colocadas diante de centro cultural onde uma pessoa morreu durante ataque na Dinamarca (Soeren Bidstru/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2015 às 20h13.

Copenhague - Dois homens detidos pela polícia foram indiciados nesta segunda-feira por cumplicidade com o suposto autor dos ataques que deixaram dois mortos e cinco feridos em Copenhague durante o fim de semana, segundo comunicado da polícia dinamarquesa.

"Não foram indiciados por terrorismo e sim por cumplicidade, suspeitos de terem ajudado o autor dos ataques a fazer desaparecer uma arma e conseguir um esconderijo", afirmou Michael Juul Eriksen, advogado de um dos suspeitos.

A identidade das duas pessoas está protegida por segredo de instrução.

Segundo o jornal Ekstra Bladet, as duas pessoas são estrangeiras.

A polícia dinamarquesa acredita que o suposto autor dos ataques contra um centro cultural e uma sinagoga em Copenhague teria se inspirado nos recentes atentados jihadistas ocorridos em Paris.

Os investigadores não quiseram dar informações sobre a identidade deste homem que foi abatido pela polícia, e afirmaram apenas que era originário de Copenhague e que os primeiros elementos, incluindo seus antecedentes, dão a entender que tinha simpatia pela ideologia de organizações como o Estado Islâmico.

Mas o tabloide local Ekstra-Bladet informou que o nome do suspeito seria Omar El-Hussein, um jovem de 22 anos que havia sido libertado da prisão há apenas duas semanas por acusação de agressão com agravante.

A polícia apenas confirmou que o indivíduo era conhecido da inteligência dinamarquesa, mas afirmou não saber se chegou a viajar para a Síria ou o Iraque.

A polícia também informou ter realizado uma vasta operação em um cibercafé e em outros imóveis do bairro de Nørrebro, onde o atirador foi morto por volta das 02H00 (de Brasília) de domingo.

O homem, que supostamente atuou sozinho, abriu fogo contra os policiais ao ser interpelado.

O indivíduo em questão é o suposto autor dos dois ataques registrados em Copenhague, um contra um um centro cultural onde era realizado um debate sobre Islã e liberdade de expressão e outro contra uma sinagoga, nos quais morreram duas pessoas e cinco ficaram feridas.

A foto, aparentemente capturada de imagens de vigilância, permitiu a localização do suspeito e mostra um homem usando uma jaqueta escura e um capuz vinho. Ele foi descrito como um homem entre 25 e 30 anos, alto e de porte atlético.

Um cidadão de 55 anos que assistia o debate no centro cultural foi morto no ataque de sábado e um jovem judeu perdeu a vida no início de domingo no lado de fora da sinagoga de Krystalgade, a mais importante da cidade. Cinco policiais ficaram feridos nos ataques.

O atentado contra o centro cultural aconteceu rápido e foi violento. O homem armado com uma pistola metralhadora disparou contra os participantes do debate "Arte, blasfêmia e liberdade".

O esquema de segurança foi reforçado pela presença de Lars Vilks, o cartunista sueco conhecido por suas controvertidas charges do profeta Maomé e que participava no evento. Mas a presença policial não impediu que o homem disparasse contra as dezenas de pessoas presentes.

O atirador fugiu rapidamente a bordo de Volkswagen Polo. Dois quilômetros depois, o agressor abandonou o carro e desapareceu. Mas ele foi registrado pelas câmeras de segurança e, a partir disso, uma foto foi postada na internet.

No debate, participavam o embaixador da França, François Zimeray, além de Vilks, provável alvo do ataque classificado como um ato terrorista pela primeira-ministra dinamarquesa Helle Thorning-Schmidt.

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