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Justiça francesa convoca ex-diretor de Guanánamo

Informação, comunicada à AFP pelo advogado dos dois demandantes franceses, William Bourdon, foi confirmada por fontes judiciais

O general Geoffrey Miller: Guantánamo começou a receber suspeitos de terrorismo quatro meses depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 (Anja Niedringhaus/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2015 às 12h31.

Paris - O Tribunal de Apelação de Paris ordenou nesta quinta-feira a presença do ex-diretor de Guantánamo, o general Geoffret Miller, em resposta à demanda de dois franceses que estiveram detidos nesta prisão americana, onde disseram ter sido torturados, indicaram à AFP diversas fontes.

A informação, comunicada à AFP pelo advogado dos dois demandantes franceses, William Bourdon, foi confirmada por fontes judiciais.

Os franceses Nizar Sassi e Mourad Benchellali foram detidos pelas forças americanas no Afeganistão antes de serem transferidos à base americana de Guantánamo, em Cuba , onde permaneceram presos do fim de 2001 a 2004 e 2005, respectivamente, antes de serem devolvidos à França.

Guantánamo começou a receber suspeitos de terrorismo quatro meses depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. Apesar da promessa de Barack Obama de fechar a base, 122 detidos permanecem no local. Em 13 anos, mais de 800 homens foram presos sem acusações ou processo judicial.

"O general Geoffrey Milles está identificado em todas as investigações internacionais e americanas como (a pessoa) no coração do dispositivo da política de tortura praticada" ali, afirmou Bourdon há poucas semanas. "É impensável que não sejam pedidas explicações".

Em 2014, um tribunal parisiense rejeitou a mesma demanda formulada pelos ex-prisioneiros. A primeira negativa judicial foi objeto de recurso dos demandantes, que venceram no Tribunal de Apelação, e também foram ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo.

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A informação, comunicada à AFP pelo advogado dos dois demandantes franceses, William Bourdon, foi confirmada por fontes judiciais.

Os franceses Nizar Sassi e Mourad Benchellali foram detidos pelas forças americanas no Afeganistão antes de serem transferidos à base americana de Guantánamo, em Cuba , onde permaneceram presos do fim de 2001 a 2004 e 2005, respectivamente, antes de serem devolvidos à França.

Guantánamo começou a receber suspeitos de terrorismo quatro meses depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. Apesar da promessa de Barack Obama de fechar a base, 122 detidos permanecem no local. Em 13 anos, mais de 800 homens foram presos sem acusações ou processo judicial.

"O general Geoffrey Milles está identificado em todas as investigações internacionais e americanas como (a pessoa) no coração do dispositivo da política de tortura praticada" ali, afirmou Bourdon há poucas semanas. "É impensável que não sejam pedidas explicações".

Em 2014, um tribunal parisiense rejeitou a mesma demanda formulada pelos ex-prisioneiros. A primeira negativa judicial foi objeto de recurso dos demandantes, que venceram no Tribunal de Apelação, e também foram ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo.

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