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Justiça queniana anula resultado eleitoral e ordena nova eleição

O Supremo alegou irregularidades na eleição que resultou na vitória de Uhuru Kenyatta com um 54% dos votos

Uhuru Kenyatta: a justiça ordenou que um novo pleito ocorra nos próximos 60 dias (Thomas Mukoya/Reuters)

Uhuru Kenyatta: a justiça ordenou que um novo pleito ocorra nos próximos 60 dias (Thomas Mukoya/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de setembro de 2017 às 06h33.

Última atualização em 1 de setembro de 2017 às 08h01.

Nairóbi - O Tribunal Supremo do Quênia anulou nesta sexta-feira os resultados das eleições realizadas no último dia 8 de agosto e ordenou que um novo pleito ocorra nos próximos 60 dias, invalidando assim a vitória do atual presidente, Uhuru Kenyatta.

O Supremo disse que a Comissão Eleitoral "cometeu irregularidades" durante as eleições que "afetaram as integridade do processo", que resultou na vitória de Kenyatta com um 54% dos votos.

"A declaração de Uhuru Kenyatta como presidente eleito não foi válida", diz a resolução do Supremo, adotada após um processo judicial derivado do recurso apresentado pela principal coalizão opositora, a Super Aliança Nacional (NASA).

Seu líder, Raila Odinga, defendia desde o dia das eleições que os servidores da Comissão Eleitoral sofreram um ataque cibernético que gerou uma vantagem constante a favor de Kenyatta.

O presidente da Suprema Corte, David Maraga, ordenou à Comissão que as novas eleições sejam realizadas "em estrito cumprimento da Constituição".

Maraga especificou que a decisão foi tomada com o voto favorável de cinco dos sete juízes que a compõem.

O advogado que defendia a vitória de Kenyatta, Ahmednassir Abdullahi, lamentou na saída do tribunal que a decisão do Supremo era "política e não legal".

O número dois da coalizão opositora, Kalonzo Musyoka, assegurou que "a dignidade e a integridade do Supremo Tribunal foram restabelecidas", e criticou a Comissão, dizendo que "não é capaz de organizar eleições livres, justas e críveis".

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