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Justiça da Venezuela acha recontagem manual impossível

A presidenta do TSJ, Luisa Estella Morales, disse em coletiva que o sistema é totalmente eletrônico, o que impossibilita a recontagem


	Eleitores da oposição se mobilizam e mantêm informações circulando pelas redes sociais sobre suspeitas de irregularidades eleitorais
 (Christian Veron/Reuters)

Eleitores da oposição se mobilizam e mantêm informações circulando pelas redes sociais sobre suspeitas de irregularidades eleitorais (Christian Veron/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2013 às 18h11.

Bogotá - De acordo com o Tribunal Superior de Justiça (TSJ) da Venezuela, não existe a possibilidade de que os votos registrados nas eleições de domingo (14) sejam recontados manualmente, como vem pedindo a oposição liderada pelo candidato Henrique Capriles.

A presidenta do TSJ, Luisa Estella Morales, disse em coletiva que o sistema é totalmente eletrônico, o que impossibilita a recontagem. "O sistema eleitoral venezuelano é totalmente sistematizado e por isso a contagem manual não existe", explicou.

No sistema utilizado no país, o voto dos eleitores é realizado por urnas eletrônicas, mas os votos são impressos com o nome do candidato escolhido e depositado em caixas para auditoria, em um processo denominado verificação cidadã.

Após o pedido de verificação de todos os votos, feito pelo adversário derrotado Henrique Capriles, na noite de domingo, o presidente eleito Nicolás Maduro havia dito que poderia ser feita a recontagem. No dia seguinte, o CNE informou que a auditoria em 51% das caixas já havia sido realizada, sem informar os dados coletados.

Sob a tensão do não reconhecimento do resultado pela oposição, a onda de protestos continua. Eleitores da oposição se mobilizam e mantêm informações circulando pelas redes sociais sobre suspeitas de irregularidades eleitorais.

Uma acusação bastante mencionada por diversos venezuelanos nas redes sociais é que caixas de verificação com votos impressos teriam sido queimadas em terrenos baldios da capital Caracas.

O governo rejeita as denuncias de irregularidades e argumenta que o sistema foi referendado pela missão observadora eleitoral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

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