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Justiça australiana impede mãe de amamentar por tatuagem

Juiz proibiu mulher que fez tatuagem há quatro semanas de amamentar seu filho de 11 meses, por considerar que estaria expondo seu bebê a um risco inaceitável


	Amamentação: juiz determinou que os exames clínicos não são conclusivos neste caso, cujo processo foi aberto pelo pai da criança em disputa familiar
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Amamentação: juiz determinou que os exames clínicos não são conclusivos neste caso, cujo processo foi aberto pelo pai da criança em disputa familiar (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2015 às 06h41.

Sydney - Um juiz da Austrália proibiu uma mulher que fez uma tatuagem há quatro semanas de amamentar seu filho de 11 meses, por considerar que estaria expondo seu bebê a um risco inaceitável, informou nesta quinta-feira a imprensa local.

O juiz Matthew Myers, do Circuito dos Tribunais Federais, emitiu essa decisão mesmo após os resultados dos exames aos quais a mulher se submeteu, que deram negativo para hepatite e HIV, segundo a emissora local "ABC".

O juiz determinou que os exames clínicos não são conclusivos neste caso, cujo processo foi aberto pelo pai da criança em meio a uma disputa familiar.

A diretora-executiva da Associação Australiana de Lactação Materna, Rebecca Naylor, expressou, por sua vez, preocupação pelo precedente que essa decisão pode representar no sentido de dar maior poder aos juízes para se pronunciar sobre os riscos aos quais as mulheres se expõem.

Rebecca também ressaltou que a indústria da tatuagem no país está muito bem regulamentada e que as possibilidades de contrair uma infecção são muito baixas, por isso destacou que, "a menos que exista alguma evidência de que ela tenha contraído uma infecção por causa de sua tatuagem, a decisão não é razoável".

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