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Justiça argentina monitora jornalistas econômicos

Presidente Cristina Kirchner quer evitar a publicação de índices de preços alternativos

Cristina está de olho nos jornalistas que mostram uma inflação de 23%, e não a de 9% publicada pelo governo (Jeff Zelevansky/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2011 às 15h01.

São Paulo – O governo argentino , da presidente Cristina Kirchner, não está preocupado com a inflação de 9,8% medida pelo índice oficial nos últimos 12 meses, mas com aquela de 23% que os índices alternativos de preços têm revelado. E, para conter essa “medição alternativa”, Cristina tem utilizado a Justiça do país.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, seis jornais tiveram que conceder ao juiz federal Alejandro Catania os telefones e endereços dos profissionais que escreveram sobre inflação nos últimos seis anos. O caso tem ligação com a investigação realizada sobre a consultoria M&S, denunciada por difundir números de inflação diferentes da oficial.

O “pedido incomum”, segundo define a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), atingiu os jornais La Nación, Clarín, Ámbito Financiero, El Cronista Comercial, BAE e Página 12.

“O caso reflete a controvérsia de longa da data na Argentina sobre os números oficiais da inflação da agência estatal INDEC, que se difere substancialmente daquelas realizadas pelas companhias do setor privado e do relatório do Congresso”, diz a associação em nota.

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Segundo o jornal Folha de S. Paulo, seis jornais tiveram que conceder ao juiz federal Alejandro Catania os telefones e endereços dos profissionais que escreveram sobre inflação nos últimos seis anos. O caso tem ligação com a investigação realizada sobre a consultoria M&S, denunciada por difundir números de inflação diferentes da oficial.

O “pedido incomum”, segundo define a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), atingiu os jornais La Nación, Clarín, Ámbito Financiero, El Cronista Comercial, BAE e Página 12.

“O caso reflete a controvérsia de longa da data na Argentina sobre os números oficiais da inflação da agência estatal INDEC, que se difere substancialmente daquelas realizadas pelas companhias do setor privado e do relatório do Congresso”, diz a associação em nota.

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