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Justiça aceita recurso contra extradição e liberta imã

A Jordânia requer Abu Qatada para voltar a julgá-lo por suposto envolvimento em um complô terrorista, mas o radical argumenta não ter julgamento justo no país

Qatada é um pregador islamita que já foi considerado o braço direito de Osama bin Laden na Europa
 (Miguel Medina/AFP)

Qatada é um pregador islamita que já foi considerado o braço direito de Osama bin Laden na Europa (Miguel Medina/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 13h12.

Londres - A justiça britânica ordenou nesta segunda-feira a libertação do imã radical Abu Qatada depois de aceitar o recurso apresentado e que bloqueia sua extradição à Jordânia, país que o requer para voltar a julgá-lo por seu suposto envolvimento em um complô terrorista.

Abu Qatada deve ser libertado nesta terça-feira, segundo anunciou o juiz John Mitting, da Comissão Especial de Apelações sobre Imigração (Siac), encarregada dos casos relacionados com a segurança nacional.

O governo britânico, que tenta extraditá-lo há 10 anos, anunciou imediatamente sua intenção de apelar do veredicto da Siac.

Depois de examinar por sete dias em outubro o recurso do imã jordaniano, que alegava que não tinha um julgamento justo na Jordânia, a Siac considerou nesta segunda-feira que "a ministra do Interior não deveria ter recusado a revogação da ordem de extradição".

"Consequentemente, admite-se o recurso", acrescentou em sua decisão.

A Jordânia requer Abu Qatada para voltar a julgá-lo por seu suposto envolvimento em um complô terrorista pelo qual já foi condenado à revelia no fim dos anos 1990, mas o clérigo alega que não terá um julgamento justo em seu país porque algumas das provas contra ele foram obtidas mediante tortura.

O governo britânico assegura, no entanto, que nos últimos meses recebeu garantias suficientes neste sentido por parte das autoridades jordanianas.

Abu Qatada, de cerca de 50 anos, vive desde 1993 no Reino Unido e passou grande parte dos últimos sete anos em cadeias britânicas ou em prisão domiciliar, apesar de não ter sido acusado nunca neste país.

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