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Julgamento de "rasputina sul-coreana" propicia novas acusações

A sessão se concentrou nas acusações apresentadas contra Choi Soon-sil, conhecida como a "Rasputina"

Choi Soon-sil é considerada a peça central da trama (Korea Pool/Reuters)

Choi Soon-sil é considerada a peça central da trama (Korea Pool/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de dezembro de 2016 às 10h22.

Seul - A segunda audiência do julgamento sobre o caso da "Rasputina sul-coreana" propiciou nesta quinta-feira novos desmentidos dos advogados da principal acusada, Choi Soon-sil, e acusações de um ex-vice-ministro sobre a participação da presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, no escândalo.

A sessão se concentrou nas acusações apresentadas contra Choi, conhecida como a "Rasputina", amiga íntima e confidente da presidente sul-coreana, allém de sua sobrinha Jang Si-ho e do ex-vice-ministro da Cultura, Kim Chung.

As duas primeiras não compareceram ao tribunal do Distrito Central de Seul, informou a rede de televisão "Arirang", e foram seus advogados que negaram as acusações de que uma subsidiária do grupo Samsung foi pressionada a fazer doações para uma fundação controlada por Jang Si-ho.

Choi, considerada a peça central da trama, é acusada, entre outras coisas, de interferência em assuntos de Estado, mesmo sem ocupar qualquer cargo público, e de ter extorquido empresas, como a Samsung, para que doassem numerosas somas de dinheiro a fundações, das quais ela teria se apropriado parcialmente num momento posterior.

O ex-vice-ministro Kim, que esteve presente na audiência, também negou ter pressionado a unidade de negócios esportivos da Samsung para que doasse dinheiro à fundação controlada por Jang Si-ho e seus advogados argumentaram que existem provas escritas que comprovam que foi a própria presidente quem pressionou o grupo empresarial.

A prova mencionada é um memorando escrito pelo assessor da presidência Ahn Jong-beom, que também foi detido depois que o caso veio à tona.

O escândalo orquestrado por Choi, de 60 anos, originou grandes protestos em todo o país e levou o parlamento sul-coreano a destituir a presidente Park, uma decisão que agora deve ser ratificada, ou não, pelo Tribunal Constitucional.

O grupo de procuradores que investiga o caso pretende conseguir uma ordem para realizar buscas no escritório presidencial e para interrogar a própria Park.

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