Mundo

Juiz proíbe discotecas em Buenos Aires após morte de jovens

Juiz da Argentina decidiu proibir a atividade de discotecas e festas musicais com fins lucrativos na cidade de Buenos Aires


	Buenos Aires: medida abre exceção especificamente aos clubes de tango tradicionais e aos centros culturais
 (alex_black/Thinkstock)

Buenos Aires: medida abre exceção especificamente aos clubes de tango tradicionais e aos centros culturais (alex_black/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2016 às 16h52.

Buenos Aires - Um juiz da Argentina decidiu proibir a atividade de discotecas e festas musicais com fins lucrativos na cidade de Buenos Aires, uma decisão polêmica que almeja combater a venda de drogas em eventos de música eletrônica após a morte de cinco jovens em um festival.

A medida – que abre exceção especificamente aos clubes de tango tradicionais e aos centros culturais – ameaça eclipsar os finais de semana da capital argentina, conhecida por sua vida noturna exuberante. Mas a câmara que representa as discotecas locais adiantou que não acatará a medida.

"Que se proíba no âmbito da cidade toda atividade comercial de dança com música ao vivo ou música gravada", arbitrou o juiz Roberto Andrés Gallardo em sua ordem, cujos argumentos inclui a falta de controles por parte do governo municipal, que está nas mãos do partido do presidente argentino, Mauricio Macri.

A medida cautelar estará em vigor até que a prefeitura de Buenos Aires apresente um plano de atuação para evitar a venda de drogas nas "festas eletrônicas de grande porte", segundo resolução a que a Reuters teve acesso.

Em sua cruzada contra os eventos de música eletrônica, o juiz instou o governo a também fornecer informações caso se queira abrir exceções para outros tipos de música.

"A ideia não é proibir toda a atividade que não tem a ver com a música eletrônica, mas nós não temos a capacidade operacional para discriminar quais são de música eletrônica e quais não são", disse uma fonte envolvida no caso, que começou com uma denúncia de organizações não-governamentais.

Uma onda de discussões teve início na Argentina nas últimas semanas depois que cinco jovens morreram por consumir drogas sintéticas durante a edição local do festival Time Warp, o que lançou luz sobre um esquema de venda de entorpecentes e sobre a ausência de controles no cenário da música eletrônica.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaBuenos AiresMetrópoles globaisMortes

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru