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Juiz declara constitucional lei contra "Clarín"

"O juiz federal civil e comercial Horacio Alfonso declarou constitucional o artigo 161 da Lei de Mídia, alvo de um recurso judicial do Grupo Clarín", destacou a Telám

Cristina Kirchner: esta é a primeira decisão em primeira instância sobre o artigo antimonopólio da Lei de Mídia, centro da disputa entre o Clarín e a presidente (AFP/Pedro Ladeira)
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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 20h14.

Buenos Aires - Um juiz argentino declarou constitucional, nesta sexta-feira, o artigo antimonopólio da Lei de Mídia, que obriga o Grupo Clarín a entregar diversas concessões de rádio e televisão, informou a agência oficial Télam.

"O juiz federal civil e comercial Horacio Alfonso declarou constitucional o artigo 161 da Lei de Mídia, alvo de um recurso judicial do Grupo Clarín", destacou a Telám.

Clarín, o maior grupo de mídia da Argentina , afirma que a lei promovida pelo governo da presidente Cristina Kirchner é inconstitucional por violar os principíos de propriedade privada e liberdade de expressão.

Esta é a primeira decisão em primeira instância sobre o artigo antimonopólio da Lei de Mídia, centro da disputa entre o Clarín e a presidente Kirchner.

No início da semana, a Suprema Corte da Argentina rejeitou um recurso apresentado pelo governo Kirchner contra o Clarín, que obteve uma liminar suspendendo a lei que o obriga a se desfazer de concessões de rádio e TV.

Na decisão, o Supremo afirmou que a competência sobre o recurso cabia a um juiz de primeira instância, como determina a lei.

O recurso do governo ao Supremo foi apresentado após a Câmara de Apelações prorrogar a decisão favorável ao Clarín suspendendo a aplicação da Lei da Mídia, até o julgamento da constitucionalidade da medida.

A Lei da Mídia foi aprovada pelo Congresso em 2009 visando "acabar com o monopólio" de certos grupos de comunicação e previa a entrega de concessões "excedentes" de rádio e TV a partir do dia 7 de dezembro.

Segundo o governo Kirchner, o grupo Clarín tem 41% do mercado de rádio, 38% da TV aberta e 59% da TV a cabo, enquanto o máximo em todos os casos é de 35% pela nova legislação.

A lei afeta especialmente a Cablevisión, uma das empresas mais poderosas do grupo Clarín, que tem mais de 3.300.000 clientes distribuídos em Argentina, Uruguai e Paraguai. Na Argentina está presente em 96 cidades e 12 províncias.

Com a Lei da Mídia, o governo Kirchner pretende tomar 213 concessões de TV a cabo do Clarín, que hoje tem 237 no total.

Clarín, um dos principais grupos de mídia da América Latina, tem o jornal de maior circulação no país, canais de televisão aberta e a cabo e rádios, com um volume de negócios de 9,753 bilhões de pesos (cerca de 2 bilhões de dólares) em 2011.

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Buenos Aires - Um juiz argentino declarou constitucional, nesta sexta-feira, o artigo antimonopólio da Lei de Mídia, que obriga o Grupo Clarín a entregar diversas concessões de rádio e televisão, informou a agência oficial Télam.

"O juiz federal civil e comercial Horacio Alfonso declarou constitucional o artigo 161 da Lei de Mídia, alvo de um recurso judicial do Grupo Clarín", destacou a Telám.

Clarín, o maior grupo de mídia da Argentina , afirma que a lei promovida pelo governo da presidente Cristina Kirchner é inconstitucional por violar os principíos de propriedade privada e liberdade de expressão.

Esta é a primeira decisão em primeira instância sobre o artigo antimonopólio da Lei de Mídia, centro da disputa entre o Clarín e a presidente Kirchner.

No início da semana, a Suprema Corte da Argentina rejeitou um recurso apresentado pelo governo Kirchner contra o Clarín, que obteve uma liminar suspendendo a lei que o obriga a se desfazer de concessões de rádio e TV.

Na decisão, o Supremo afirmou que a competência sobre o recurso cabia a um juiz de primeira instância, como determina a lei.

O recurso do governo ao Supremo foi apresentado após a Câmara de Apelações prorrogar a decisão favorável ao Clarín suspendendo a aplicação da Lei da Mídia, até o julgamento da constitucionalidade da medida.

A Lei da Mídia foi aprovada pelo Congresso em 2009 visando "acabar com o monopólio" de certos grupos de comunicação e previa a entrega de concessões "excedentes" de rádio e TV a partir do dia 7 de dezembro.

Segundo o governo Kirchner, o grupo Clarín tem 41% do mercado de rádio, 38% da TV aberta e 59% da TV a cabo, enquanto o máximo em todos os casos é de 35% pela nova legislação.

A lei afeta especialmente a Cablevisión, uma das empresas mais poderosas do grupo Clarín, que tem mais de 3.300.000 clientes distribuídos em Argentina, Uruguai e Paraguai. Na Argentina está presente em 96 cidades e 12 províncias.

Com a Lei da Mídia, o governo Kirchner pretende tomar 213 concessões de TV a cabo do Clarín, que hoje tem 237 no total.

Clarín, um dos principais grupos de mídia da América Latina, tem o jornal de maior circulação no país, canais de televisão aberta e a cabo e rádios, com um volume de negócios de 9,753 bilhões de pesos (cerca de 2 bilhões de dólares) em 2011.

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