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Judeus mortos em ataque em Paris são enterrados em Jerusalém

Quatro judeus franceses mortos no ataque a um supermercado de Paris foram enterrados nesta terça em Jerusalém, diante de uma multidão de israelenses e judeus

Homem com a bandeira de Israel enrolada ao corpo acompanha funeral de judeus mortos em Paris (Ronen Zvulun/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 14h17.

Jerusalém - Quatro judeus franceses mortos no ataque a um supermercado kosher de Paris na semana passada foram enterrados em Jerusalém, nesta terça-feira, diante de uma multidão de israelenses e judeus, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que eles voltaram para seu "verdadeiro lar".

Em uma cerimônia marcada pela emoção em um cemitério com segurança reforçada, Netanyahu atacou o "terrorismo do islamismo extremista" por trás dos assassinatos de sexta-feira no mercado de produtos judaicos e do ataque a tiros na quarta à sede do jornal semanal Charlie Hebdo.

Netanyahu, que esteve ao lado de outros líderes mundiais em uma marcha que reuniu mais de um milhão de pessoas em Paris no domingo, disse que os judeus espalhados pelo mundo sempre são bem-vindos quando viajam a Israel.

"Hoje, mais do que nunca, Israel é o verdadeiro lar de todos nós e quanto maior for o número e mais unidos nós formos em nosso terra, mais fortes seremos em nosso país. E essa é a esperança de todo povo judaico", disse o premiê, em hebraico.

Apesar de muitas pessoas terem viajado da França para o enterro e não falarem hebreu, nenhum dos políticos israelenses que discursaram na cerimônia falaram em francês.

Amigos de Yohan Cohen, de 20 anos, que foi morto a tiros por Amedy Coulibaly, disseram que ele queria ser enterrado em Israel apesar de ter sempre considerado a França como sua casa.

"Nós sabemos que há um dia em que finalmente temos que vir para Israel", disse Michael Sitruk, de 19 anos, que junto com vários outros vestia uma camisa branca com uma foto de Cohen.

A presença de Netanyahu no enterro de Cohen, Yoav Hattab, de 22 anos, Philippe Braham, de 45, e François-Michel Saada, de 64, levou uma atmosfera política à cerimônia. Eleições serão realizadas em 17 de março. O líder da oposição Isaac Herzog também compareceu e discursou.

O convite feito por Netanyahu aos judeus franceses para que se mudem para Israel causou algum desconforto entre líderes da França. O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, respondeu rapidamente que a forte comunidade judaica de 555.000 pessoas está segura na França e faz parte integral da república.

Essa mensagem foi reiterada pela ministra da Energia da França, Ségolène Royal, presente ao enterro desta terça.

"A República Francesa compartilha a sua perda", disse. "Sua dor é nossa dor. Sua dor é de toda a França. A França sem sua comunidade judaica não é a França."

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Em uma cerimônia marcada pela emoção em um cemitério com segurança reforçada, Netanyahu atacou o "terrorismo do islamismo extremista" por trás dos assassinatos de sexta-feira no mercado de produtos judaicos e do ataque a tiros na quarta à sede do jornal semanal Charlie Hebdo.

Netanyahu, que esteve ao lado de outros líderes mundiais em uma marcha que reuniu mais de um milhão de pessoas em Paris no domingo, disse que os judeus espalhados pelo mundo sempre são bem-vindos quando viajam a Israel.

"Hoje, mais do que nunca, Israel é o verdadeiro lar de todos nós e quanto maior for o número e mais unidos nós formos em nosso terra, mais fortes seremos em nosso país. E essa é a esperança de todo povo judaico", disse o premiê, em hebraico.

Apesar de muitas pessoas terem viajado da França para o enterro e não falarem hebreu, nenhum dos políticos israelenses que discursaram na cerimônia falaram em francês.

Amigos de Yohan Cohen, de 20 anos, que foi morto a tiros por Amedy Coulibaly, disseram que ele queria ser enterrado em Israel apesar de ter sempre considerado a França como sua casa.

"Nós sabemos que há um dia em que finalmente temos que vir para Israel", disse Michael Sitruk, de 19 anos, que junto com vários outros vestia uma camisa branca com uma foto de Cohen.

A presença de Netanyahu no enterro de Cohen, Yoav Hattab, de 22 anos, Philippe Braham, de 45, e François-Michel Saada, de 64, levou uma atmosfera política à cerimônia. Eleições serão realizadas em 17 de março. O líder da oposição Isaac Herzog também compareceu e discursou.

O convite feito por Netanyahu aos judeus franceses para que se mudem para Israel causou algum desconforto entre líderes da França. O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, respondeu rapidamente que a forte comunidade judaica de 555.000 pessoas está segura na França e faz parte integral da república.

Essa mensagem foi reiterada pela ministra da Energia da França, Ségolène Royal, presente ao enterro desta terça.

"A República Francesa compartilha a sua perda", disse. "Sua dor é nossa dor. Sua dor é de toda a França. A França sem sua comunidade judaica não é a França."

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