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Jovem rico e bonito larga tudo e se une ao Estado Islâmico

Segundo aponta o jornal Telegraph, Yaken era apenas um cara que gostava de postar selfies de seu corpo bombado na internet, até viajar à Síria no ano passado

Yaken: jovem largou tudo, abraçou o fundamentalismo e se tornou membro do Estado Islâmico (Reprodução/Twitter/@i_yaken)
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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 19h53.

Jovem . Gato. Hipster. Jihadista. Essas palavras podem ser usadas para descrever Islam Yaken, um jovem egípcio de família rica.

Yaken, óculos de acetato, cachinhos na cabeça e barba longa, se formou no ano passado em direito e fala francês, inglês e árabe.

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E luta, montado em cavalo com uma cimitarra em punho, pelo Estado Islâmico , movimento fundamentalista que prega o reestabelecimento de um califado no Oriente Médio, onde impere a rigorosa lei muçulmana Sharia.

Segundo aponta o jornal inglês Telegraph, Yaken era apenas um cara que gostava de postar selfies de seu corpo bombado na internet, até viajar à Síria no ano passado.

Depois da viagem, Yaken largou tudo e abraçou o fundamentalismo e para se tornar um membro do Estado Islâmico.

Em suas redes sociais, as fotos de seu abdome deram lugar a imagens de cabeças decapitadas nos massacres do EI e mensagens glorificando o autoproclamado califa Abu Bakr al-Bagdadi, misterioso líder do grupo.

Uma colega de Yaken, que falou ao jornal Al Arabiya, disse que ele nunca havia postado nada relacionado ao jihad antes da viagem. "Ele era um cara engraçado, sempre fazendo piadas, com um sorriso no rosto, disse".

Apesar de sua popularidade no Twitter (Yaken tem mais de 8 mil seguidores), ele é alvo de muitas críticas.

Em seu Twitter, disse que não se importa com os xingamentos, mas também respondeu: "A duas pessoas que insultaram minha religião, eu aviso: quando Deus abrir o Egito para nós, vamos apertar seu botão delete".

Entenda

O Estado Islâmico é um grupo sunita que surgiu a partir do braço iraquiano da Al Qaeda, organização fundamentalista islâmica de alcance global responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA.

Seu objetivo é criar um Estado islâmico em uma região entre a Síria e o Iraque, que seja regido pela lei Sharia - código muçulmano cuja fonte primária é o Corão.

No dia 29 de junho, o misterioso líder do grupo, Abu Bakr al-Bagdadi, foi proclamado o "califa de todos os muçulmanos" pelo grupo.

O califado, regime político-religioso sunita soterrado há um século com a queda dos otomanos, foi reestabelecido em um amplo território no Iraque e na Síria, conquistado após uma forte ofensiva iniciada em 9 de junho pelo EI, mas não é reconhecido internacionalmente.

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