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Jornalista francesa denunciará Strauss-Kahn por tentativa de estupro

Tristane Banon denunciou na televisão francesa em 2007 que o político tinha tentado estuprá-la em 2002

Banon: "esperei o tempo necessário porque não queria ser instrumentalizado pela Justiça americana", afirmou advogado da escritora (Wikimedia Commons)

Banon: "esperei o tempo necessário porque não queria ser instrumentalizado pela Justiça americana", afirmou advogado da escritora (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2011 às 11h31.

Paris- A jornalista e escritora francesa Tristane Banon vai apresentar nesta terça-feira uma denúncia contra o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn por tentativa de estupro, como declarou nesta segunda-feira seu advogado, David Koubbi, em entrevista publicada pela revista "L'Express".

Banon, cuja família é próxima a de Strauss-Kahn, denunciou na televisão francesa em 2007 que o político tinha tentado estuprá-la em 2002, aos 22 anos, e o entrevistava para preparar um livro.

Naquele momento não denunciou os fatos pelos conselhos de sua mãe, mas, após saber da suposta agressão sexual de Strauss-Kahn em Nova York em 14 de maio, o advogado de Banon declarou que não denunciariam Strauss-Kahn para evitar uma instrumentalização da Justiça americana.

Após a reviravolta do caso nos EUA a favor de Strauss-Kahn, o advogado declarou que vai interpor uma denúncia pela tentativa de estupro e que essa denúncia chegará à Promotoria nesta terça-feira.

"Os fatos não são constitutivos de uma agressão sexual, mas mais de uma tentativa de estupro, para o qual o tempo de prescrição é de dez anos", declarou à revista "L'Express".

O advogado afirmou que não "reagiu em função do contexto", já que tinha tomado a decisão com sua cliente antes de o tribunal de Nova York levantar a liberdade vigiada à qual estava submetido o político francês.

"Esperei o tempo necessário porque não queria ser instrumentalizado pela Justiça americana. Não quero (...) que a declaração do meu cliente se vincule ao caso de Nafissatou Diallo (a camareira do hotel Sofitel de Nova York que denunciou Strauss-Kahn)", acrescentou.

Segundo Koubbi, "o 'tempo' midiático não é nosso 'tempo' judicial e o dossiê da minha cliente é extremamente sólido".

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